O Brasil é o recordista no ranking mundial do número de realização de cirurgias estéticas. Em 2013 foram cerca de 1,5 milhão de cirurgias. As mulheres representam 88% do público que realiza esse tipo de procedimento no país. Embora a decisão de realizar essas cirurgias seja do paciente, na busca por uma melhor aparência física, o procedimento pode trazer desconforto e complicações, especialmente em indivíduos com alguma carência nutricional no período que antecede a cirurgia. Isto pode comprometer a recuperação e o resultado final.
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O estado nutricional pré-operatório do paciente influencia diretamente no sucesso da cirurgia, uma vez que a nutrição e a cicatrização estão intimamente relacionadas. O comprometimento do estado nutricional pode levar a dificuldade de cicatrização, alteração da síntese de colágeno e aumento do processo inflamatório.
Dentre os nutrientes que se destacam nesse processo estão as gorduras, especialmente do tipo ômega 3 e ômega 6, devido ao processo inflamatório causado pela cirurgia. Também são muito importantes as proteínas, especialmente fontes de arginina e glutamina, aminoácidos que atuam como precursores de moléculas importantes que estão envolvidas no processo de cicatrização e regeneração celular. Elas estimulam a resposta fibroblástica e das células T durante o processo de reparação tecidual, além de serem importantes elementos na estimulação do sistema imune local.
Os micronutrientes de destaque são todos os antioxidantes, como as vitamina C, A, E, D, zinco, selênio e magnésio, além das vitaminas K e do complexo B, cobre e ferro. Portanto, se estiver pensando em fazer uma cirurgia plástica, consulte também um nutricionista.