Presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e com o apoio político do senador José Antônio Reguffe (sem partido), Rodrigo Freire é pré-candidato a deputado federal pelo Partido Novo. Seu compromisso é trabalhar por um Estado que garanta o arroz com feijão para a população, Saúde que traga dignidade; Educação transformadora e Segurança Pública que dê tranquilidade para as famílias.
Neto do ex-senador Marcos Freire (MDB-PE), morto num acidente aéreo em Carajás em 1987, o advogado de 37 anos nascido em Brasília e casado com a jornalista Sabrina Albert (TV Record), Rodrigo Freire é um empreendedor nato no segmento de alimentação fora do lar, com histórico de trabalho desde os 16 anos vendendo plano de saúde e que hoje emprega 120 pessoas.
Freire aceitou o desafio de concorrer a uma vaga no Congresso a partir da certeza de que “se a gente quiser promover uma mudança, uma transformação na sociedade, é necessário fazer isso por meio da política”. Membro da igreja Comunidade das Nações, liderada pelo bispo JB Carvalho, ele diz nesta entrevista ao Brasília Capital “É importe falar da consolidação da família, dos valores familiares que estão se perdendo, e que educação é muito mais que escola”.
Confira a íntegra:
O que seria novo da política de Brasília? – O novo pensa principalmente na forma de se fazer política. A população não aguenta mais essa política da troca-troca de cargos públicos, do governo terceirizar secretarias para deputados de “porteira fechada”, que é um termo muito da velha política que lembra os antigos currais eleitorais. A gente não pode admitir que no século 21. A gente precisa tratar o povo respeito. Eu acho que respeito é colocar pessoas sérias e competentes e fortalecer as instituições para que elas trabalhem para a população.
Um dos compromissos do Partido Novo é não usar recursos públicos na campanha. Qual outra proposta de seu partido você destacaria como um clamor da sociedade? – Bom quando a gente fala do não uso de dinheiro público, precisa explicar isso. Tem muita gente que reclama da quantidade de partidos no Brasil. E a única forma que a gente tem para melhorar isso é acabar com o dinheiro público. Só isso reduziria em 80% a quantidade de partidos hoje no Brasil.
Então você está dizendo que os partidos existem para sugar o dinheiro da população? – Com Certeza. Os partidos passaram a se servir da população ao invés de servir. A gente entende que se um partido tem coerência, se tem princípios e valores, se ele dá o exemplo. Deveria sobreviver com contribuições voluntárias. E se todo mundo sobrevivesse com contribuições voluntárias iriam permanecer aqueles mais coerentes.
No espectro ideológico, o Novo seria um partido de direita, de esquerda ou de centro? – A gente tem que parar de polarizar. Já está ultrapassada essa questão de direita e esquerda. Temos que juntar as pessoas de bem que estão na política e seguir para a frente, por isso que o NOVO DF apresenta um time de cidadãos honesto e fichas limpas para a eleição de 2018. A ideia não é achar algozes, é buscar pessoas que queiram fazer uma política diferente, uma política por propósito, que queiram oferecer entregas para a população de fato e não ficar aquela briga de Fla x Flu, sem sentido, apenas com paixão e ideologia. Precisamos de um Estado que entregue bons serviços, pense no cidadão, abra espaço para o empreendedor, sem a burocracia sufocante e a alta carga tributária.
Nessa concepção, o que seria obrigação do Estado? – A gente considera que precisa entregar o feijão com arroz para a população. As pessoas terem uma saúde que traga dignidade, uma educação transformadora e uma segurança que traga tranquilidade para as famílias.
Para isso, temos ótimos quadros para as eleições de 2018 como, vale ressaltar, o empresário Alexandre Guerra que é pré-candidato do NOVO ao GDF e o advogado conhecido por ser a voz do consumidor Paulo Roque como pré-candidato ao Senado Federal.
Alguns partidos de esquerda propõem distribuir melhor as riquezas a partir, por exemplo, da tributação das grandes fortunas. O que vocês acham disso? Qual a posição sua pessoal? – O Brasil tem um sistema tributário altamente perverso para quem empreende. Além da burocracia e da dificuldade que existe para se criar uma empresa e tocar um negócio, o sistema tributário não é claro. Ele penaliza quem gera mais empregos.
Esta vai ser nossa principal pauta, contra todo e qualquer aumento de impostos e a favor da redução e simplificação dos mesmos.
A gente tem três principais pautas: A terceira idade às vezes chega a pagar até três vezes o que recebe da aposentadoria com remédios. Por isso, vamos defender arduamente imposto zero para medicamento, como já acontece em países desenvolvidos. A segunda pauta seria a imunidade tributária para a primeira empresa. No primeiro ano de funcionamento a empresa não pagaria impostos. Isso já existe nos Estados Unidos. A terceira é desonerar o trabalhador. A gente precisa dar o direito a ele de optar em como usar e investir o seu FGTS.
Um outro exemplo é a Lei da Gorjeta, que penalizou severamente os trabalhadores, principalmente os garçons, no setor dos bares e restaurantes, com onerações dos encargos sociais que passaram a incidir sobre a gorjeta. Esse é um caso claro onde o cliente paga mais, os garçons têm sua renda diminuída e o Estado recolhe mais impostos. Ou seja, só ganhou o governo.
É preciso rever isso, para desonerar e fazer sobrar mais dinheiro no bolso de quem trabalha. O Estado quer cuidar de tudo, quer ser um pai, mas é um péssimo pai.
A gente não se sente filho desse Estado porque, na verdade, sente-se órfão. A gente precisa de um Estado que cuide das pessoas no que é essencial.
No que diz respeito a grandes fortunas, eu acho que é uma conversa que pode ser colocada em pauta desde que a gente reveja o que está na base, que é o mais importante. O que vai solucionar o problema do Brasil é a curva de Gauss porque nem sempre aumentar imposto significa aumento da arrecadação.
E a gente está vendo pelo atual governo que no primeiro ano aumentou uma série de tributos e não melhorou para ninguém.
As empresas foram saindo do Distrito Federal, outras passaram a entrar com produtos de fora e a gente perdeu os empregos. Aumentou o imposto e perdeu arrecadação. A lógica é simples: Se você aumenta muito o imposto, você afasta o empresário.
A isenção de impostos para medicamentos é uma proposta do senador Reguffe. Qual a sua relação com ele? – Eu acompanho a história do Reguffe desde a primeira vez que ele foi candidato. Desde o início apoiei suas campanhas porque vi o senador Reguffe como um pioneiro.
Muitas pessoas questionam o trabalho dele, mas ele trouxe para pauta da opinião pública e do Congresso Nacional a variável do custo do mandato. Só isso já é um grande legado. Nós temos um Parlamento excessivamente caro.
A Câmara dos Deputados custa mais de 90 milhões por mês, mais de um bilhão de reais por ano. A gente precisa rever os custos e fazer uma análise se está valendo a pena ter uma estrutura tão pesada. Acredito que o senador Reguffe conseguiu esse capital político por ter coerência, por cumprir tudo que ele sempre colocou nos panfletos de campanha e, acima de tudo, por dar o exemplo.
Foi, por exemplo, o primeiro senador a abrir mão do plano de saúde vitalício. Eu entendo que os políticos deveriam ser os primeiros a abrir mão de qualquer plano de saúde pago pelo governo por quê eles são responsáveis por fiscalizar se o governo está oferecendo saúde de qualidade para a população.
Por essa relação histórica, o senador está apoiando sua candidatura a deputado federal? – Com certeza. Ele tem demonstrado apoio ao nosso pleito, principalmente para renovação política, que é necessária neste momento.
O Reguffe deu uma força muito grande nos princípios e valores que fundamentaram o NOVO. Muitas pessoas querem desconstruir o legado do Reguffe falando que ele economiza mas não faz, como se economizar não fosse fazer.
Reguffe tem vários outros projetos como o projeto de lei de Iniciativa popular via assinatura eletrônica, que está passando nas comissões e tem tudo para ser um caminho para uma democracia mais direta e onde o povo possa participar mais diretamente das decisões públicas. Ele fez uma emenda ao orçamento da União que viabilizou 14 ambulâncias para o SAMU do Distrito Federal; outra emenda dele viabilizou remédios para câncer em todas as farmácias públicas do DF. São coisas que não tem como questionar. São projetos concretos.
Você está entrando agora na política, mas seu histórico familiar traz a política no DNA desde Pernambuco… – Meu avô Marcos Freire foi senador e ministro. Ele morreu em 1987 num acidente aéreo em Carajás. Desde então, nossa família ficou afastada da política.
Na época do meu avô, os políticos tinham uma reputação boa, eram admirados. Hoje, eu espero que a gente entre nesse projeto da nova política para resgatar também a história do meu avô. Ele tinha uma frase que eu gosto muito, que foi o lema da campanha dele para o governo: “Sem ódio e sem medo”. A gente está num momento crítico e entrar na política não é fácil.
Parece que a partir do momento que você entra as pessoas querem sempre ver o lado negativo das coisas. Mas a gente está no momento em que precisa ter coragem de entrar, se não vai continuar sendo governado por esses políticos que estão aí.