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Cidades

Nova Saída Norte: rumo ao retrocesso

  • Chico Sant'Anna
  • 21/04/2022
  • 17:22

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Foto: Divulgação

Chico Sant’Anna

Indice
RodoviarismoFrotas de trens e ônibus defasadasProjetos de expansão de BrasíliaAtmosfera degradada

Já no apagar das luzes, o governo Ibaneis resolve tirar do fundo da gaveta o projeto de uma nova Saída Norte, uma espécie de autoestrada que sairá da Avenida das Nações Norte, atravessará o Lago Norte e chegará à BR-20, na altura de Sobradinho.

O custo dessa empreitada deve ficar na casa dos R$ 4 bilhões ou mais. O projeto tem mais de uma década e conta até com duas pontes projetadas por Oscar Niemeyer, falecido em 2012.

Foi gestado nas administrações de José Roberto Arruda (PL) e Agnelo Queiroz (PT) e chega num momento em que as propostas viárias deveriam apontar novos rumos, para não ficarem ultrapassadas rapidamente.

Essa solução de mobilidade urbana está desconectada da realidade por que passa Brasília e o Brasil. O incentivo ao uso de veículos individuais não é mais a palavra de ordem.

O complexo da nova Saída Norte é proposto num momento em que o mundo inteiro busca mudar a matriz energética, deixando o petróleo de lado, e aposta em novas fontes de energia e de transporte.

Mais do que nunca, investir no transporte coletivo e movido a energia elétrica é uma necessidade. Além da crise do petróleo, existe a questão do aquecimento global, das mudanças climáticas.

Foto: Divulgação

Rodoviarismo

Em 2021, segundo pesquisa TomTom Traffic Index, que mede engarrafamentos em 48 países, o tempo extra perdido no DF dentro dos carros, graças aos engarrafamentos e mesmo com a pandemia da covid, equivalia a cinco dias/ano. Um dia a mais do que em 2017.

Os engarrafamentos já se formam mais cedo, às 16h, e se prolongam para depois das 20h. Isso, mesmo em vias recentemente ampliadas, como é o caso da Epia Sul que, a partir de 2014, passou a contar com três faixas de cada lado, além da via exclusiva do BRT.

Oito anos depois de inaugurada, ela se mostra insuficiente para desafogar os milhares de carros que transitam rumo, ou provenientes, do Entono Sul, Gama, Santa Maria e Park Way. E o BRT-Sul não foi capaz de retirar os carros das vias.

Foto: Divulgação

Em Brasília, as obras viárias costumam ser grandiosas, megalomaníacas. Um exemplo é o Complexo da Saída Norte atual, que incluiu a remodelação da ponte do Bragheto, revitalização de 10 quilômetros de vias, construção de duas pontes, 13 viadutos, seis quilômetros de ciclovias e 17 quilômetros de novas vias e faixa exclusiva, para fazer chegar até Planaltina o BRT-Norte.

Ao custo, em 2018, de R$ 1 bilhão, a meta era desafogar um fluxo de mais de cem mil carros/dia. Pelo visto, também não resolverá o problema, haja visto que o GDF já lança nova Saída Norte. Essa mesma leitura vale para a proposta da Interbairros, ou Intercidades, que ligaria Samambaia ao Setor Policial Sul, cortando ao meio o Parque do Guará.

Frotas de trens e ônibus defasadas

Ampliações e alargamento de pistas, construção de pontes e viadutos não vão resolver o problema. O GDF acaba de entregar a nova Estrada Parque Aeroporto, que virou uma autopista, com seis faixas de cada lado. Mas que, ao chegar na EPDB, rumo ao Park Way, já enfrenta engarrafamento.

Mais carros virão. Sempre. Brasília possui uma frota beirando dois milhões de veículos, dos quais 71% são individuais – automóveis e motos. Em contrapartida, as frotas de ônibus e de trens do metrô, além de defasadas tecnologicamente, estão muito aquém das necessidades de uma cidade de mais de três milhões de habitantes, sem contar os habitantes do Entorno, que beiram a casa de dois milhões.

Foto: Divulgação

Projetos de expansão de Brasília

Todos esses projetos têm em comum jogar uma sobrecarga nas vias circulares do Plano Piloto, em especial a Avenida das Nações (L.4) Norte e Sul, a EPIG – que já se vê obrigada a ganhar novos viadutos – na S.4 (em frente ao cemitério) e a própria Epia. O trânsito ficará ainda mais entalado, fazendo a cidade parar.

Ressalte-se que, embutidos nessas novas saídas, estão projetos de expansão urbana de Brasília, como o loteamento da Serrinha do Paranoá e a criação de um corredor imobiliário entre Águas Claras e o Plano Piloto, que seriam a paga para quem tocasse as obras. Todas essas novas moradias gerariam ainda mais trânsito.

Foto: Divulgação

Atmosfera degradada

Um projeto para o futuro, que tenha longevidade maior do que oito anos (como é o caso da Epia-Sul) deve considerar uma fórmula de transporte coletivo e ambientalmente correto.

Tanto os trajetos da Interbairros, quanto o da nova Saída Norte, podem ser cobertos com transporte sobre trilhos – metrô ou VLT. Inclusive, os danos ambientais na Serrinha do Paranoá – onde já foram cadastradas mais de cem nascentes -, seriam bem menores.

O Ministério do Meio-Ambiente revelou este ano que o trânsito de Brasília responde por 53,4% da emissão de gases de efeito estufa. Pelo levantamento, apenas em 2016, foram lançadas no DF 7,23 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2), de metano (CH4), foram 1,5 mil toneladas e 354 toneladas de óxido nitroso (N2O). Embora sem fábricas, a atmosfera de Brasília degrada a cada ano. E não se vê ações do GDF para inverter isso.

Leia mais no Blog Brasília, por Chico Sant´Anna

Leia mais em Brasília Capital


 

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Chico Sant'Anna

Um olhar diferenciado de Brasília por quem defende o prazer de morar na cidade e o orgulho de ser brasiliense, por opção ou nascimento.

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