No dia 3 de janeiro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que cria a Alada, estatal para explorar lançamento comercial de foguetes e satélites privados a partir do Brasil. A ideia é explorar internamente investimentos de empresas como a Space X, além da posição geográfica privilegiada do nosso país.
Temos a nosso favor, por exemplo, a cidade de Alcântara, no Maranhão, onde já existe uma Base, considerada um dos melhores pontos do mundo para lançamentos espaciais. Segundo especialistas, a proximidade do município com a linha do Equador reduz o consumo de combustível para colocar objetos em órbita.
O que joga contra a estatal Alada é a baixa capacidade do governo brasileiro de fazer investimentos – Comparativamente, ficamos muito atrás da China e dos Estados Unidos, que investem, anualmente, bilhões de dólares nessas tecnologias – enquanto isso, em 2024, a Agência Espacial Brasileira (AEB) totalizou seus recursos em modestos R$ 600 milhões.
A contextualização com uma notícia de última hora, é, na verdade, pretexto que uso, como sempre, para relacionar samba com comunicação. Em dezembro de 1996, a ainda estatal Embratel realizou um projeto inédito no Brasil: lançar uma música em tempo real pela internet.
Por mais normal que seja nos dias atuais, há 29 anos isso foi um feito histórico. A música lançada foi “Pela Internet”, de Gilberto Gil, uma releitura moderna do primeiro samba registrado no Brasil: “Pelo Telefone”, de Donga, de 1916. Portanto, há mais de um século.
Naquele tempo, Gil perguntou: “Com quantos gigabytes se faz uma jangada e um barco que veleje?”. Vinte e dois anos depois da primeira versão, Gil se autorrespondeu, com “Pela Internet 2”: “Com 5 gigabytes já dava pra fazer um barco que veleje”.
Em 2018, o lançamento de uma música pela rede mundial de computadores já era algo comum e a Embratel havia sido privatizada, 20 anos antes, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.
E se você chegou até aqui, digo que, assim como Gilberto Gil, eu criei meu website. O endereço está logo no topo desta página.
E vamos à luta pela rede.
Com muito suingue e sem fake News.
Feliz 2025!