Duas semanas antes de dar seus últimos passos pelas ruas de Taguatinga, cidade onde morava, Jéssica Leite se queixou dos problemas de segurança pública. A jovem publicou em sua conta no Facebook, no dia 29 de maio, uma foto de uma parede com a frase: não é normal ter medo de andar sozinha na rua. Outros 39 amigos reagiram à publicação.
Em outra publicação compartilhada, no dia 2 de junho, a estudante reivindicou transporte público depois de meia noite e uma melhoria na iluminação pública. As reações foram motivadas pela falta de segurança que a jovem via de perto. Semanas antes uma colega de classe comentou com os colegas da Universidade que havia sofrido uma tentativa de assalto. Na ocasião, sua amiga, que preferiu não se identificar, avisou para os colegas que tentaram furtar seu aparelho telefônico quando saia da estação de Metrô 102 Sul.
O caso
Jéssica Leite, de 20 anos, foi morta com facada no peito durante tentativa de assalto em Taguatinga na terça-feira (14). O crime ocorreu na EQNL 21/23, atrás da Igreja São Sebastião, por volta das 16h30. A jovem não resistiu e teve uma parada cardiorrespiratória. A suspeita é de que um casal tenha cometido o crime.
A vítima cursava Jornalismo na Universidade Católica de Brasília e estava no quinto semestre na instituição. Segundo colegas de classe, ela era uma aluna “aplicada” e trabalhava na universidade.
O delegado-chefe Flávio Messina, da 17ª Delegacia de Polícia de Taguatinga Norte, responsável pelo caso, não descarta a possibilidade de um homicídio. Apesar das investigações preliminares apontarem para um latrocínio – roubo seguido de morte. Messina lembra que a jovem teve apenas o celular levado, apesar de estar portando sua carteira e mochila.
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