A partir desta terça-feira os visitantes do Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, podem ver 48 obras de arte apreendidas na Operação Lava-Jato. Os quadros que fazem parte da mostra \”Obras sob guarda do MON\” foram apreendidas nas casas da doleira Nelma Kodama e do empresário Zwi Skornicki.
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Entre as peças, a maioria de artistas brasileiros, estão uma tela de Di Cavalcanti, três quadros de Cícero Dias, sete fotografias de Miguel Rio Branco, dois painéis de Vik Muniz e uma tela de Heitor dos Prazeres.
A autenticidade dessas obras expostas foi confirmada. Uma obra atribuída ao pintor francês Jean Renoir, encontrada na casa da doleira e que foi verificada como falsa, ficou de fora da exposição.
Para a psicóloga Nanci Fonseca Gomes, saber que as obras fazem parte da operação torna a exposição mais interessante.
— Tem um simbolismo. Não levaram só a moeda, o dinheiro. Levaram nossa cultura, nossa história — conta Nanci.
O empresário Joaquim Lopes acredita que a mostra é importante para esclarecer como o esquema de corrupção funcionava.
— Até ocorrer essas apreensões, eu desconhecia que usavam obra de arte para lavagem de dinheiro — explica Gomes.
O Museu Oscar Niemeyer disse não ter a estimativa do preço das obras, já que o local apenas mantém a guarda do material até a decisão judicial. A Polícia Federal também não soube informar o valor dos quadros apreendidos.