O desequilíbrio financeiro nas contas do Distrito Federal tem afetado até mesmo os serviços mais simples do governo. O excesso de mato e buracos nas vias é uma das dificuldades desta reta final da gestão Agnelo Queiroz. A operação Asfalto Novo tinha prazo de validade: as eleições. O fim da campanha que culminou com a não reeleição do governador somado ao período de chuvas descortinou um cenário de abandono nas ruas de Brasília e das cidades-satélites.
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O motorista não tem vida fácil nesses últimos suspiros de Agnelo no poder. O bom humor brasileiro chega a comparar as ruas com a superfície lunar, irregular e repleta de crateras. Os atrasos de pagamento dos salários dos servidores têm abastecido protestos diários que, normalmente, bloqueiam importantes artérias viárias da cidade para cobrar seus direitos.
O Brasília Capital foi às ruas fotografar as crateras e acompanhar o transtorno gerado pelas pistas esburacadas. Na Avenida Vereda da Cruz, que liga o Areal a Águas Claras, por exemplo, os motoristas precisam desviar dos buracos pela contramão, além de terem que reduzir drasticamente a velocidade gerando congestionamento nos horários de pico.