No Dia Internacional da Mulher, o governo divulgou as diretrizes do Ministério da Saúde para a assistência ao parto normal humanizado e também uma norma para ampliar o acesso ao DIU. O dispositivo intrauterino de cobre é o método para evitar gravidez mais usado no mundo, mas ainda pouco utilizado no Brasil.
As diretrizes divulgadas pelo ministério da saúde buscam estimular o parto normal e evitar intervenções médicas desnecessárias. De acordo com o órgão, dos bebês que nasceram no Brasil em 2016, 55% foram por meio de uma cirurgia cesariana. A OMS, Organização Mundial da Saúde, recomenda que apenas 15% dos partos sejam cesários.
Baseado em evidências científicas, o documento lista 200 recomendações sobre o parto normal para mulheres, pais e profissionais de saúde. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, reconhece que o Brasil faz muitas cesárias.
As orientações do ministério da saúde incluem técnicas contra a dor, como massagens e banhos quentes. O documento inclusive não indica a chamada manobra de Kristeller, que é quando o profissional empurra a barriga da mulher para tentar auxiliar na expulsão. Essa manobra traria riscos para a mãe e o bebê.
As diretrizes recomendam o contato pele a pele com o bebe assim que a criança nasce. O texto também restringe intervenções que muitas vezes são vistas como rotineiras, como o corte do períneo, que fica na região da vagina, feito para facilitar a saída do bebe. Esse procedimento só deve ser usado em casos de necessidade.
O governo também divulgou neste 8 de março a ampliação do acesso ao DIU, o Dispositivo Intrauterino de Cobre, que hoje só é disponibilizado em postos de saúde. Agora, também será oferecido a mulheres em maternidades após o parto ou após situações de abortos.
O ministro da saúde informou que as maternidades terão 180 dias para se adaptar e disponibilizar o DIU para mulheres que queiram.