Nada mais triste do que fim de casamento de boas pessoas. Boas pessoas que se programaram para viver juntas e superar suas dificuldades. E essas separações têm acontecido por descuido dos casais que não dialogam para melhorar a relação.
Com a chegada dos filhos, muitas mães dedicam-se integralmente a eles e deixam o marido em segundo plano. O marido sente-se, de certa forma, traído, e torna-se aborrecido e sem inciativa de alertar a esposa, ou alerta-a e é ignorado.
A situação tende a agravar-se muito com a chegada dos netos. Agora é a vez deles, e o marido vai para terceiro plano. A situação pode ficar insustentável. Esse companheiro poderá desenvolver a \”síndrome de coitadinho\”, e achar que não é amado, pondo o casamento em risco.
Mulher, acorde! Seu marido, voltou a ser criança e sente os filhos e netos como competidores. Competição na qual, no entendimento dele, está em larga desvantagem.
Experimente abraçá-lo, acarinhá-lo, e verá que ele tomará a mesma postura de uma criança carente. Ah, mas um homem maduro comportando-se como uma criança?, dirá você. Sim, e para onde foi a criança que ele foi um dia? Para nenhum lugar, continua dentro dele e, em certas situações como essa, se manifestará.
A programação existencial inclui também o casamento, quando este faz parte. Embora a separação possa acontecer, só se deve adotá-la como medida extrema, na impossibilidade de convivência civilizada.
Razão teve o poeta Renato Russo quando afirmou: \”você culpa seus pais por tudo. Isso é absurdo. São crianças como você. O que você vai ser quando você crescer?\”.
O conselho do poeta dirigido aos filhos vale também para as esposas: \”são crianças…\”.
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