Há quase três anos ocupando este cantinho de página, sem faltar sequer uma semana, mesmo em situação adversa de saúde, a exemplo da crônica “Eu quero viver!”, redigida na UTI do Hospital Santa Lúcia, em 2013, quando fui atacado por um traiçoeiro Infarto do Miocárdio Agudo, espero poder manter este espaço ainda por muito tempo.
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Por circunstâncias absolutamente indesejáveis, na noite desta terça-feira, 4 de agosto, estou rabiscando este texto no leito, por coincidência, do mesmo hospital. A única diferença é que nesta oportunidade o alvo atingido pela Senhora Foice não foi o coração e sim dois pulmões de um atleta de 89 anos de idade cronológica.
Mas, esporte à parte, a julgar pelo excesso de cuidados médicos, estou mais pra lá do que pra cá em relação ao dead line. Antes que isso aconteça, preciso deixar os meus sinceros agradecimentos a tantas pessoas que estão me tratando com o maior carinho nestes últimos dias. A começar pela competência e dedicação da Dra. Gabriela Lemos, além de inúmeros enfermeiros, como o Rafael, a Diana, a Rosevane e outros que não gravei o nome. Entre esses profissionais, acrescento a participação da enfermeira Camila, que não trabalha aqui, mas veio em meu socorro calcada no sentimento de solidariedade humana.
Nas inúmeras mensagens enviadas por telefonemas ou e-mails, omito os nomes porque preencheriam duas páginas deste jornal, incluindo as de meus Irmãos da Loja Aurora de Brasília e de dezenas de amigos de nossa família. Tudo isso contemplado com bênçãos de Amor de minha mulher Lêda Maria, de meus amados filhos Fernanda, Cláudio e Paula, e até de minhas netinhas Bárbara e Maria Luiza. Aos outros quatro filhos – Cecília, Daniel, Fernando e Carlos – que se encontram no Rio de Janeiro e Santa Catarina, omiti esta ziquizira, com a intenção de poupá-los.
Como não tenho bola de cristal, não sei o que poderá acontecer nos próximos dias. E, caso aconteça o desenlace inexorável, este texto fica valendo como a Crônica do Adeus.
Antes de colocar o ponto final nestas mal traçadas linhas, faço um pedido à Lêdinha, meu Eterno Amor: se os meus amigos da Comercial da 113 Sul perguntarem por mim, diga a eles que viajei para Pasárgada para fazer uma reportagem sensacional!
P.S. – Nos próximos dias, será lançado a noite de autógrafos de meu 11º livro: O Menino que Tinha Medo de Gente.