O Ministério Público Federal vai oferecer cinco denúncias contra 35 pessoas – 22 vinculadas às principais empreiteiras do país – pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa como desdobramento da Operação Lava Jato. Na apuração da força-tarefa de procuradores, foi identificado o pagamento de propina, até agora, de R$ 286.421.928,74 para envolvidos no esquema. No total, o órgão vai buscar o ressarcimento de R$ 971.551.352,28 de contratos que foram alvo de investigação entre 2004 e 2012. Outros R$ 74.149.856,68 foram lavados neste período.
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Os processos contra o grupo serão confirmados nesta quinta-feira (11), durante entrevista coletiva em Curitiba (PR). Parte do grupo é integrante do alto escalão das empresas como Camargo Corrêa/UTC, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Junior e OAS. Ações de improbidade, que devem pedir o ressarcimento dos valores desviados aos cofres públicos, serão apresentadas em outro momento.
De acordo com o MPF, as empreiteiras pagavam propina de 1% a 5% do preço dos contratos para conseguir vencer os processos licitatórios. O dinheiro era entregue para diretores da Petrobras após serem lavados por operadores do esquema. A investigação da força-tarefa do Ministério Público revelou que a distribuição do dinheiro, saído de recursos entre 2004 e 2012, ocorreu até este ano, quando a operação foi deflagrada.