O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ajuizou ação de improbidade administrativa contra três funcionários do Governo de Brasília nesta terça-feira (15) no âmbito da Operação Delfos. Eles são acusados de exigir propina, se aproveitando dos cargos em que ocupavam, ao Sindsaúde. O dinheiro seria lavado por meio de contrato fictício com a empresa Netsaron Corretora de Seguros, que é administrada por Beatriz Casagrande Simplício da Silva, a quarta envolvida no caso.
Edvaldo Simplício da Silva, pai de Beatriz, Valdecir Marques de Medeiros e Christian Michael Popov teriam exigido propina de R$ 214 mil a Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde. O pagamento resolveria uma suposta pendência do sindicato com o GDF, na renovação do código de desconto para consignação em folha dos filiados ao sindicato.
Os quatro podem ser condenados à perda dos cargos públicos; suspensão dos direitos políticos pelo prazo de três a cinco anos; pagamento de multa de até cem vezes o valor da remuneração recebida; e proibição de receber benefícios ou incentivos fiscais do poder público pelo prazo de três anos.
Edvaldo, Valdecir e Christian já respondem a ação penal pelos crimes de concussão e lavagem de dinheiro relacionados aos fatos investigados pela Operação Delfos. Se condenados no processo criminal, eles também podem receber pena de reclusão, multa e perda do cargo público.
Saiba mais
A Operação Delfos, deflagrada em agosto de 2016, investiga a associação criminosa de servidores públicos e comissionados do Distrito Federal para obter vantagens ilícitas. Participaram das investigações a 4ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Usuários da Saúde (Prosus) e a Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública (Decap), com apoio da 5ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (Prodep).
Com informações do MPDFT