Um dos advogados mais bem-sucedidos de Brasília, o governador Ibaneis Rocha (MDB) entrou em rota de colisão exatamente com seus colegas de profissão que atuam no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Ao desafiar o colegiado, porém, o chefe do Executivo passou a ser observado com mais atenção. A ordem entre os procuradores é colocar lupa sobre todos os atos do chefe do Buriti – de contratos a nomeações de assessores.
Foi com esse “espírito fiscalizador” que o MP identificou irregularidades na escolha dos ex-distritais Wellington Luiz (MDB) para a direção do Metrô (acabou assumindo a Codhab) e Cristiano Araújo (PSD), que também desistiu de ir para o Metrô. Raimundo Ribeiro (PSDB) está no comando da Adasa. Antes, no entanto, foi fustigado pelas suspeitas de participação em esquema de corrupção quando esteve na Câmara Legislativa.
Fernando Leite tomou posse como presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) e logo em seguida foi denunciado por responder a uma condenação por improbidade administrativa em sua passagem anterior pelo cargo.
A nomeação dos comissionados Erik Adriano Alves dos Reis e Valmá Ventura de Sousa para a Administração de Taguatinga também entrou no radar do MP. O primeiro como chefe da Gerência de Execuções de Obras e outro como assessor técnico da Coordenação de Desenvolvimento da regional.
Erik dos Reis foi condenado por sete crimes. Entre eles, posse de arma e seis roubos com a ajuda de um comparsa. Ao todo, suas penas somam 43 anos e nove meses de prisão, que ele começou a cumprir em regime semiaberto em 2003. Portanto, faltam 28 anos, agora no regime aberto.
Já Valmá de Sousa foi condenado por roubo à mão armada, porte de arma, furto e receptação. São 11 anos de prisão a serem cumpridos desde 2007. Falta, então, um ano e 11 meses.