O Governo de Brasília ainda precisa restaurar o meio ambiente na área onde estava localizada o lixão da Estrutural. Essa é a cobrança feita pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) mesmo após o encerramento das atividades no local.
“A sentença já transitou em julgado, mas ainda há aspectos a serem cumpridos, principalmente a recuperação do local, que recebeu, em 57 anos, cerca de 40 milhões de toneladas de lixo sem tratamento”, explica o promotor de Justiça de Defesa do Meio Ambiente Roberto Carlos Batista em vídeo divulgado pelo MPDFT.
O lixão foi desativado no último sábado (20) oito anos após a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que determinou o fechamento dos lixões que recebem resíduos sem tratamento. O local tem aproximadamente 200 hectares e a área é utilizada desde a construção de Brasília para depósito de lixo.
O aterro sanitário de Samambaia, que começou a funcionar em 2017, passa a receber o lixo domiciliar. Para que o local funcione da forma prevista, apenas com rejeitos, estão sendo implantados centros de triagem, onde os catadores farão a separação do que pode ser reciclado e do que não pode. Essa forma de trabalho é fundamental para que os catadores atuais possam manter suas fontes de renda. Os resíduos da construção civil continuarão a ser depositados na Estrutural.
Veja o vídeo do MPDFT: