O estudante Johann Homonnai, 18 anos, foi condenado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, por ter atropelado e levado à morte o estudante Raul Aragão, 23 anos. O crime ocorreu em outubro de 2017. A perícia concluiu que o veículo o atingiu com velocidade de 95 km/h na via L2 Norte, avenida em que a velocidade máxima permitida é de 60 km/h.
O juiz do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), Osvaldo Tovani, aplicou a pena de dois anos de detenção em regime inicialmente aberto.“Substituo a pena privativa de liberdade por duas penas restritivas de direitos, a serem impostas pelo Juízo da Execução Penal”, escreveu. Além disso, fixou dois meses de proibição para dirigir e determinou que Homonnai deverá pagar as custas processuais.
A família de Aragão, que era ciclista e ativista da causa, criticou a decisão. “Isso é perigoso e sintomático. É uma das razões pelas quais 45 mil pessoas morrem no asfalto todos os anos no Brasil, porque as penas são ridículas, não há responsabilização e eles dão a arma, que é um carro, para uma pessoa que matou outra menos de um depois”, afirmou Flora Gondim, 22, irmã de Raul. Apesar da insatisfação, Flora disse que a família ainda avalia se recorrerá ou não da decisão. Isto porque, segundo ela, julgamentos semelhantes em segunda instância têm sido favoráveis aos réus.
A reportagem da Agência Brasil não conseguiu contato com a defesa de Johann Homonnai.