Termina no próximo domingo (5) a exposição \”Frida Kahlo: conexões entre mulheres surrealistas no México\”, em cartaz na Caixa Cultural de Brasília. A mostra, que teve início em abril, é a maior do gênero sobre a artista no país, com 136 peças, incluindo obras raras que estavam em museus e no acervo de colecionadores, de Frida e de mulheres influenciadas por ela.
O evento pode ser visto das 9h às 21h. A entrada é gratuita, mas é preciso retirar uma senha pela internet ou na própria bilheteria da Caixa Cultural.
A seleção feita pela curadora Teresa Arcq inclui 30 trabalhos de Frida, sendo 20 óleos em tela e 10 obras em papel. Os famosos autorretratos da artista mexicana, com as saias longas, os arranjos de flores na cabeça e as sobrancelhas unidas, compõem parte do acervo.
As 136 peças incluem pinturas, esculturas e fotografias. Ao longo dos salões, o visitante também pode ver documentos, catálogos, reportagens e vestimentas típicas do período – há indícios de que algumas delas podem ter sido usadas pela própria pintora.
Diálogos
Nos \”diálogos\” citados no nome da mostra, o público poderá conferir obras de outras mulheres que contribuíram para o surrealismo na pintura mexicana. Entre as escolhidas estão Cordelia Urueta e María Izquierdo, nascidas no país latino, e estrangeiras radicadas no México como a inglesa Leonora Carrington e a norte-americana Sylvia Fein.
A fotógrafa mexicana Lola Álvares Bravo, responsável por registrar imagens clássicas de Frida e Maria Izquierdo, também tem obras na exposição.
Ela foi a primeira pessoa a exibir obras de Frida na Cidade do México e é considerada fundamental na \”renascença\” mexicana do pós-guerra.
As artistas também estão retratadas nos filmes que compõem a mostra. São seis obras sobre Alice Rahon, Rara Avis, Jacqueline Lamba, Leonora Carrington, Remedios Varo e a própria Frida.
Biografia
Frida Kahlo nasceu em 1907, como Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, e morreu aos 47 anos, em 1954. Casada com o pintor e muralista Diego Rivera, ela retratou nas telas a cultura interiorana e o folclore do país. A exposição inclui imagens do casal.
Aos 18 anos, Frida teve o corpo atravessado por um pára-choque em um acidente envolvendo um bonde e um trem. Durante os meses de recuperação hospitalar, a artista descobriu a pintura usando as tintas do pai e um cavalete adaptado ao leito. Os coletes ortopédicos que usou durante toda a vida foram retratados em obras como \”A coluna partida\”, de 1944, em exposição no México.
A abordagem ousada em temas como gênero e identidade fez com que Frida virasse referência entre jovens de todo o mundo, em movimentos feministas e de libertação. Referências à vida e às obras de Frida estão espalhadas por diversas cidades do México, em casas, museus e galerias de arte.
Exposição \”Frida Kahlo: conexões entre mulheres surrealistas no México\”
Local: Caixa Cultural Brasília
Endereço: Setor Bancário Sul – quadra 4, lotes 3/4
Data: Até domingo (5)
Horário: das 9h às 21h (última entrada às 20h).
O percurso pela exposição dura cerca de duas horas, e a bilheteria fecha às 20h.
Ingressos: entrada franca, por ordem de chegada. As senhas podem ser retiradas na bilheteria ou pela internet
Regras: não é permitido entrar com bolsas, mochilas, guarda-chuvas, comidas e bebidas. Há guarda-volumes disponível no espaço. É permitido fotografar sem flash.
Artistas incluídas na mostra: Frida Kahlo, María Izquierdo, Remedios Varo, Leonora Carrington, Rosa Rolanda, Lola Álvarez Bravo, Lucienne Bloch, Alice Rahon, Kati Horna, Bridget Tichenor, Jacqueline Lamba, Bona de Mandiargues, Cordelia Urueta, Olga Costa e Sylvia Fein.
Programação de filmes (válida para todos os dias de mostra):
09h30 – \”Alice Rahon\” (2012), direção de Dominique e Julien Ferrandou, 64 minutos
11h00 – \”Rara Avis – Bridget Tichenor\” (1985), direção de Tufic Makhlouf, 21 minutos
12h00 – \”Jacqueline Lamba\” (2005), direção de Fabrice Maze, 120 minutos
14h30 – \”The Life and Times of Frida Kahlo\” (2005), direção de Amy Stechler, 90 minutos
16h30 – \”Leonora Carrington\” (2011), direção de Dominique e Julien Ferrandou, 107 minutos
19h00 – \”Remedios Varo\” (2013), direção de Tufic Makhlouf, 64 minutos