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A atriz Yoná Magalhães morreu na manhã desta terça-feira (20) no Rio de Janeiro. Segundo a TV Globo, ela estava internada na Casa de Saúde São José, na Zona Sul da cidade, desde o dia 18 de setembro. Ainda não há informações sobre a causa da morte.
Yoná participou de dezenas de novelas na televisão brasileira, em emissoras como Globo, Bandeirantes e Tupi, além de filmes como \”Deus e o Diabo na Terra do Sol\” (1964), de Glauber Rocha.
Em depoimento ao UOL em 2014, 50 anos depois do lançamento de \”Deus e o Diabo\”, Yoná Magalhães contou que o então marido, Luiz Augusto Mendes da Costa, foi quem convenceu Glauber a chamá-la para o papel de Rosa, uma personagem sofrida que lhe proporcionou umas das atuações mais importantes de sua carreira.
\”Creio que Glauber teria outra atriz em mente, porém se viu levado a me aceitar, cofiando mais em sua habilidade como diretor do que em meu talento. E ele estava certo: criou a Rosa e conseguiu fazer com que uma atriz iniciante, apesar de já ser profissional, realizasse uma grande performance\”, disse a atriz.
Yoná fez parte do elenco das novelas \”Paraíso Tropical\” (2007), \”Senhora do Destino\” (2004), \”As Filhas da Mãe\” (2001), \”A Próxima Vítima\” (1995), \”Meu Bem, Meu Mal\” (1990), \”Tieta\” (1989) e \”Roque Santeiro\” (1985) e das séries \”Tapas & Beijos\” (2011), \”Carga Pesada\” (2005), \”Engraçadinha\” e \”Grande Sertão: Veredas\” (1985). Seu último trabalho na TV foi em \”Sangue Bom\”, em 2013.
Artistas que conviveram e atuaram com Yoná lamentaram a sua morte. \”Eu estou muito emocionado, acho que é uma perda tremenda, porque além de ser uma excepcional atriz, ela foi uma pioneira. Lamentavelmente, agora, nós perdemos a grandiosa Yoná Magalhães. Tudo que Yoná tocou, tudo foi excepcional, é terrível, uma pessoa excepcional, uma amiga leal, generosa, muito dedicada, sempre presente, sempre disposta a ajudar\”, disse Juca de Oliveira à GloboNews.
Nascida em Lins de Vasconcelos, no subúrbio do Rio de Janeiro, em 7 de agosto de 1935, Yoná Magalhães Gonçalves contava que entrou para a vida artística por acaso, para ajudar a família quando o pai ficou desempregado.
Depois de pequenos papéis na década de 1950, conseguiu um contrato com a Rádio Tupi. Em seguida, participou de novelas e do Grande Teatro da TV Tupi, além de excursionar pelo país com as peças \”O Amor é Rosa Bombom\” e \”Society em Baby-Doll\”, em 1962.
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Contratada em 1965 pela TV Globo, Yoná fez parte do primeiro elenco da emissora, protagonizando a novela \”Eu Compro Esta Mulher\” (1966), de Glória Magadan, como par romântico Carlos Alberto. \”Trabalhou ainda em outras novelas da mesma autora, como \”O Sheik de Agadir\” (1966), \”A Sombra de Rebecca\” (1967), \”O Homem Proibido\” (1968), \”A Gata de Vison\” (1968), e \”A Ponte dos Suspiros\” (1969).
Em 1971, Yoná e Carlos Alberto se transferiram para Tupi, onde atuaram em \”Simplesmente Maria\”, de Walter Avancini. De volta à Globo no ano seguinte, fez \”Rosa com Amor\”, \”O Semideus\” (1973), \”Espelho Mágico\” (1977) e \”Sinal de Alerta\” (1978). Depois de um novo período na Tupi nos anos 80, retornou à Globo para viver a americanófila Maria das Graças em \”Amor com Amor se Paga\” (1984).
Em 1985, fez parte do elenco de uma das novelas de maior sucesso da história da TV Globo, \”Roque Santeiro\”, de Dias Gomes e Aguinaldo Silva, como Matiles, a dona da boate onde trabalhavam as dançarinas Ninon (Cláudia Raia) e Rosaly (Isis de Oliveira).
O sucesso da personagem rendeu um convite para estampar a capa da \”Playboy\”, aos 50 anos.