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Para o juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato no Paraná, ao comparar operação com delações na ditadura, presidente Dilma Rousseff ofende o Supremo Tribunal Federal, \”que homologou os principais acordos de colaboração, certificando-se previamente da validade dos pactos e da voluntariedade dos colaboradores\”; ao se manifestar sobre o vazamento de trechos da delação do empresário Ricardo Pessoa, da UTC, presidente disse: \”Eu não respeito delator. Até porque eu estive presa na ditadura e sei o que é que é. Tentaram me transformar em uma delatora\”; \”Mesmo juízo de inconsistência cabe às equiparações inapropriadas entre \’prisão cautelar\’ e \’tortura\’ ou entre \’criminosos colaboradores\’ e \’traidores da pátria\’\”, rebateu Moro no ofício que defende a manutenção da prisão preventiva do empresário Marcelo Odebrecht.
O juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato no Paraná, contestou as críticas feitas pela presidente Dilma Rousseff aos delatores do esquema de corrupção montado na Petrobras.
Em viagem aos EUA, a presidente se manifestou sobre o vazamento de trechos da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, da UTC: \”Eu não respeito delator. Até porque eu estive presa na ditadura e sei o que é que é. Tentaram me transformar em uma delatora\”.
Ela ainda comparou os delatores ao traidor da Inconfidência Mineira, Joaquim Silvério dos Reis, e a presos políticos que entregaram companheiros sob tortura na ditadura militar.
No final de um ofício divulgado nesta quarta-feira (8) em que defendeu a manutenção da prisão preventiva do empresário Marcelo Odebrecht, Moro rebateu as declarações sem citar o nome da presidente.
\”Mesmo juízo de inconsistência cabe às equiparações inapropriadas entre \’prisão cautelar\’ e \’tortura\’ ou entre \’criminosos colaboradores\’ e \’traidores da pátria\’\”, escreveu Moro. \”Não há como este Juízo ou qualquer Corte de Justiça considerar argumentos da espécie com seriedade.\”
O juiz também destacou que a delação de Pessoa foi homologada pelo STF. \”São eles [os comentários sobre Silvério e a ditadura], aliás, ofensivos ao Egrégio Supremo Tribunal Federal que homologou os principais acordos de colaboração, certificando-se previamente da validade dos pactos e da voluntariedade dos colaboradores\”, escreveu o juiz.
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