A comunidade da QL 12 do Lago Sul, a Península dos Ministros, um dos endereços mais valorizados de Brasília, têm passado por uma situação incômoda. No fim de semana, o Parque Ecológico Península Sul, localizado na orla, próximo à quadra, atrai visitantes de todo o Distrito Federal — estima-se que cerca de 2 mil pessoas se divertem por lá. Mas o sucesso do local passou a ser um problema pela desobediência de normas básicas de convivência.
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A Associação de Moradores da SHIS QL 12 recebe diversas queixas, sendo a mais frequente o estacionamento irregular. No domingo pela manhã, é possível ver veículos bem em frente às placas de Proibido estacionar, nas esquinas e dos dois lados das vias de circulação — e outros que estão parados na entrada das garagens das residências.
Restos de comida, lixo, embalagens e latas de bebidas alcoólicas também podem ser observados dentro do parque e nos arredores e proximidades das casas. A sujeira acumulada atrai bichos, como ratos e baratas. As reclamações apontam também o som alto dos carros, o uso de drogas dentro e fora do parque e a falta de banheiros no local, o que faz com que os frequentadores façam as necessidades em jardins e fachadas das casas. No fim de semana passado, o Correio testemunhou três equipes da Polícia Militar levaram um dos frequentadores para a delegacia. A suspeita era de que o carro, estacionado em vaga irregular, seria roubado. Visitantes com latas de bebida nas mãos e cachorros soltos e sem focinheira também estavam espalhados por lá. Jovens foram flagrados fumando maconha no meio da rua, sem constragimento com a presença constante da polícia na área.
O superintendente de áreas protegidas do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Ibram), Pedro Salgado, conta que o instituto, responsável pela gestão dos parques do Distrito Federal, tem participado de reuniões com os moradores e visitantes em busca de uma solução que atenda a todos. Para mediar o conflito, o órgão vai iniciar uma campanha de conscientização e avaliar os resultados por cerca de três semanas. “Vamos instalar placas com o regulamento interno do parque e explicar os riscos e motivos das proibições para os visitantes”, completa. Salgado acrescenta que o órgão tem conversado com a Polícia Militar e com o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran) para coibir as posturas irregulares nos arredores do parque.