O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve mais um revés na esfera judicial: o juízo da 31ª Vara Cível da Comarca de São Paulo determinou que o ex-mandatário da República apague do seu perfil no X (antigo Twitter) uma montagem envolvendo o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo.
A postagem, uma montagem, buscava relacionar o psolista a uma decisão do governo Lula (PT) de colocar em sigilo os números de fugas em presídios brasileiros. Boulos acionou a Justiça, visto que não teve nenhum tipo de participação na medida do Ministério da Justiça, pasta responsável pelo sistema prisional. Bolsonaro publicou a reprodução de uma reportagem do site Metrópoles com o título “Governo coloca em sigilo números de fugas em presídios brasileiros”. No entanto, o ex-presidente inseriu um retrato em que aparecem Boulos e Lula no lugar da fotografia de um presídio originalmente escolhida pelo portal para ilustrar a reportagem.
Em decisão liminar concedida na quarta-feira (15), a juíza Giselle Valle Monteiro da Rocha justifica a decisão ao ponderar que Bolsonaro compartilhou uma notícia falsa e deu cinco dias para que ele apague o post. A magistrada estipulou pena de multa diária de R$ 1.000 em caso de descumprimento, limitada a R$ 30 mil.