No domingo (12), a Coreia do Norte lançou um míssil de médio alcance que percorreu 500 quilômetros e atingiu o Mar do Japão. Os Estados Unidos classificaram o lançamento como falho, mas exigiram uma convocação do Conselho de Segurança da ONU.
A Rússia, assim como muitos outros países, também criticou a ação de Pyongyang, e o Ministério dos Negócios Estrangeiros declarou que o lançamento foi um “desrespeito provocador” da resolução da ONU que proíbe a Coreia do Norte de realizar testes nucleares e de mísseis.
Fronteira – A reação de Moscou, que defende a diplomacia para resolver os problemas da região, foi ditada pela preocupação com a possibilidade de uma escalada da crise, já que Rússia e Coreia do Norte são vizinhas e têm fronteira em comum – de cerca de 40 quilômetros.
“Considerando-se a possibilidade de um conflito atômico, a nuvem nuclear de uma explosão na Coreia do Norte poderia facilmente atingir território russo”, disse o pesquisador-chefe do Centro de Problemas Estratégicos da Ásia e dos Países da Organização para Cooperação de Xangai da Academia Russa de Ciências, Iuri Morozov.
Armas – O governo do presidente Vladimir Putin também não teria interesse em uma ampliação do clube das potências atômicas, apesar de Pyongyang acreditar que apenas a posse de armas nucleares garantiria sua segurança.
Para Moscou também não é vantajoso que o resultado de uma escalada do conflito na região, onde se encontram parceiros-chaves dos Estados Unidos, leve a um reforço militar americano na área. O presidente Donald Trump tem ressaltado a necessidade de fazer oposição à China, o que poderia estimular uma nova corrida armamentista
if (document.currentScript) {