O ministro da Saúde, Marcelo Castro, foi exonerado temporariamente do cargo para participar da eleição do líder do PMDB na Câmara, marcada para esta quarta-feira (17). Castro tem mandato de deputado federal e, com a exoneração, retorna ao Congresso. A saída dele do cargo foi publicada no \”Diário Oficial da União\” e assinada pela presidente Dilma Rousseff.
No início da tarde, a Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara confirmou que recebeu ofício de Castro no qual ele afirma que reassumirá o mandato. Com a entrega do documento, o peemedebista reassume o posto automaticamente, sem a necessidade de cerimônia de posse ou de qualquer trâmite burocrático.
O ofício é assinado por Marcelo Castro, e não especifica por quanto tempo o ministro licenciado pretende permanecer na Câmara como deputado.
Um dos candidatos a líder do PMDB, o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), é ligado a Castro e avalizou a indicação do ministro para integrar o governo. O outro candidato, Hugo Motta (PMDB-PB) é aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O Palácio do Planalto prefere uma vitória de Picciani, que é mais próximo do governo.
A possibilidade de que Castro deixaria o cargo para votar na disputa peemedebista já vinha sendo debatida em Brasília nos últimos dias. Políticos de oposição adotaram tom de crítica à saída temporária do ministro em meio à crise do vírus da Zika no país.
Nesta terça (16), oposicionistas anunciaram que vão protocolar requerimento de convocação de Castro para dar explicações no plenário da Câmara sobre a epidemia do vírus e sobre a saída do cargo.
Para o lugar de Castro, Dilma nomeou interinamente José Agenor Álvares da Silva.
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