A primeira-dama Michelle Bolsonaro (foto) deu um bico no princípio da impessoalidade para ajudar uma doceira, um florista e uma dona de boutique, segundo reportagem de capa da revista Crusoé.
Made in Taguá
Michelle ajudou empresas amigas a obter financiamento junto à Caixa Econômica Federal. Todas as operações foram feitas na agência do banco público em Taguatinga.
“Os integrantes da lista formam um pequeno círculo de gente bem relacionada com o clã presidencial que mantém ligações entre si. Os empréstimos com indicação de Michelle totalizaram R$ 618 mil.
Clã
Umas das empresas em que obteve apoio da primeira-dama foi uma confeitaria de uma amiga sua, Maria Amélia Campos. A empresária teria obtido R$ 518 mil de empréstimo em meio à pandemia.
Segundo a reportagem, Maria Amélia ainda conseguiu obter empréstimo para um casal de amigos, donos de um salão de beleza em Brasília. O dono da empresa, Waldemar Caetano Filho, admitiu à revista que conseguiu o empréstimo por meio da amiga: “Famoso QI que fala, não é. Foi fácil conseguir”, disse.
Bolsonarista e fornecedora de doces à família palaciana, Maria Amélia assumiu, à Cruzoé, ser próxima de Bolsonaro, mas negou ter conseguido empréstimos as custas da primeira-dama.
Damares
De acordo com a reportagem, o elo entre a primeira-dama e empresários não para por aí. Márcia Barros, dona de rede de óticas e sócia de um brechó com uma das assessoras da ministra Damares Alves, também estaria na lista. Ela obteve, segundo a apuração, dois empréstimos que totalizam R$ 618 mil.
Márcia negou ter tido ajuda de Michelle Bolsonaro e afirmou que a empresa atendia todos os requisitos para a solicitação do benefício.
Flores
O florista de Michelle e uma rede de lojas de roupas femininas também teriam recebido aporte da Caixa após indicações da primeira-dama.
O Palácio do Planalto e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, não comentaram o assunto até o momento. Já a Caixa fez um balanço sobre o Pronampe e não informou sobre as indicações da esposa do presidente Jair Bolsonaro.