Levantamento do SindMetrô mostra que o GDF deixa de arrecadar R$ 800 mil diariamente com a paralisação dos serviços. O número apresentado pelos sindicalistas é uma resposta à cobrança do governo, após determinação da Justiça, que fixou multa de R$ 100 mil para cada dia de paralisação, totalizando R$ 1,2 milhão, desde o início da greve.
O Metrô-DF afirmou que remanejou funcionários para atuar nas estações. Isto possibilitou o funcionamento nos primeiros dias de greve. Entretanto, o aumento da adesão ao movimento nos últimos dias impossibilitou a manutenção do serviço.
A falta de acordo entre metroviários, Metrô e governo terá um novo capítulo nesta quarta-feira (22), em reunião com o desembargador Pedro Luís Vincentin Foltran, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A categoria entrou em greve no dia 9 deste mês. Desde sábado (18), as estações estão fechadas para os usuários.
Segundo a diretora de Comunicação do SindMetrô, Renata Campos, quem determina o fechamento das estações é o Metrô-DF, e não o sindicato. Portanto, afirma que não são os trabalhadores os responsáveis pelo problema no transporte. “Nós queremos que as estações fiquem abertas e a população tenha livre acesso. Foi assinado um acordo em 2015 para o GDF contratar 621 servidores, o que não foi cumprido. A LRF já saiu e eles só vão convocar 188 servidores”, disse.
Justiça
Na segunda-feira (20), o desembargador Pedro Luís Vincentin Foltran, em decisão liminar, determinou que 90% dos trens circulem nos horários de pico. Os sindicalistas pediram que 30% da frota funcionasse. A Procuradoria-Geral do DF informou ao TRT o descumprimento da decisão por parte dos metroviários, que cobram o cumprimento da decisão de 2015.