Peço licença para contar, de forma resumida, uma história inspiradora, de autor supostamente desconhecido. Para aqueles que já a conhecem, agradeço a paciência em relembrar:
Dois amigos estão num restaurante. Eles veem um vinho daqueles bons e caros. O garçom percebe, e logo pergunta se querem aquela safra para acompanhar o pedido. Sem pestanejar, um deles responde: “Mete o saca-rolha”.
Após muita risada, o autor da frase explica que aquela expressão se tornou uma filosofia de vida para ele, e conta que teve um amigo dono de uma adega espetacular. Algo fenomenal em quantidade e qualidade. Era como uma sala de troféus, só para ser admirada.
E ele morreu repentinamente. A esposa do colecionador de vinhos terminou casando-se com um homem, bem mais jovem, que em pouco tempo detonou toda a adega.
Claro que o momento não é para brindes ou comemorações, mas a mensagem que se pode extrair para reflexão é sobre aproveitar os bons momentos e viver a vida da melhor maneira possível. Em tempos tão difíceis, certas questões parecem ficar mais fáceis para se pensar sobre elas, por exemplo:
Quantas coisas deixamos de fazer, sempre esperando que outras aconteçam primeiro, para só a partir daí executá-las?
Quantas vezes esquecemos de ligar para aquele(a) parente ou amigo(a), que há tempos não vemos?
Quantas decisões prorrogamos, sempre acreditando no amanhã ou na semana que vem?
Quantas roupas ficam velhas no armário, esperando aquela ocasião especial?
Às vezes, parecemos ser como um time que fica eternamente treinando, sem entrar em campo para jogar, ou como aquele bloco carnavalesco: “Ensaia, Mas Não Sai”.
A vida não é eterna e, como dizem, “caixão não tem gavetas”. Não deixe para agora o que você poderia ter feito ontem. Aproveite hoje e se cuide mais, agradeça mais, beije, abrace, ame, sorria. Mete o saca-rolha!