Da redação
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) ficou mais perto da prisão depois do Ato pela Democracia e Estado de direito realizado na Paulista no domingo, 25, que ele mesmo convovou. Ao discursar sobre um trio elétrico diante de aproximadamente 180 mil apoiadores de vários cantos do Brasil.
Bolsonaro chegou enrolado em uma bandeira de Israel, franqueou os ataques aos ministros e ao próprio Supremo Tribunal Federal (STF), ao pastor Silas Malafaia, tentou assim não se comprometer, pois sabia que corria risco de ser preso e Malafaia cumpriu bem o seu papel.
Mas durante o seu discurso em que buscou toda sua história desde quando era um menino, no grupo escolar da cidade de Glicério (SP) até sua chegada à presidência, Bolsonaro titubeou e acabou admitindo que existia e sabia de uma minuta que imporia o Estado de Sítio ao Brasil enquanto estava no governo, e que esta minuta está prevista na Constituição. “Está na Constituição. Então não há crime!”, afirmou Bolsonaro.
Boulos e Gleisi- Esta era a deixa que os opositores a Bolsonaro, Guilherme Boulos (Psol-SP) que é candidato à prefeitura de São Paulo e Gleisi Hoffman, presidente do PT, precisavam no discurso “arrumadinho” que o líder da extrema direita fez em cima do caminhão, para incriminá-lo mais uma vez.
Outro ponto que os opositores destacam no discurso de Bolsonaro foi o fato dele pedir anistia para todos que foram presos no dia 9 de janeiro, um dia depois do golpe que não vingou.
“Ele está pedindo anistia para si. E isso prova que houve um golpe só que não deu certo”, afirmou, Guilherme Boulos ao comentar o discurso do ex-presidente.
A deputada Gleisi Hoffman também criticou e considerou o discurso de Bolsonaro como uma confissão. “Quando ele fala tentando amaciar o discurso não muda o seu perfil de fascista e autoritário”, disse.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) publicou uma foto de Lula assumindo a presidência e disse que a foto nocauteia qualquer movimento contra a democracia em 36 segundos, fazendo um comentário humorístico lembrando da luta de boxe entre Arcelino Popó e Kleber Bambam, nocauteado em 36 segundos.
Valdemar Costa Neto – O presidente do PL esteve no ato pela manhã, e discursou lembrando que aquelas pessoas, que estavam na Paulista, transformaram o PL no maior partido do Brasil. Falou acerca do ato em favor da democracia e defendeu Bolsonaro afirmando que não houve nenhuma tentativa de golpe.
A ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro fez uma oração e foi às lágrimas dizendo que Bolsonaro foi escolhido para ser presidente do Brasil. Uma coisa que foi observada é que Michelle e Bolsonaro mantiveram-se afastados e em nenhum momento ela disse que ele é inocente. Ela cometeu a gafe de chamar o povo de Israel de cristão.