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A chanceler alemã afirmou hoje (8) que os países da União Europeia devem ter \”cotas vinculativas\” para receber refugiados. A declaração ococrre no mesmo dia em que o primeiro-ministro de Luxemburgo defendeu que a solidariedade deve se espalhar por outros continentes.
\”Necessitamos de cotas vinculativas\”, defendeu Angela Merkel em entrevista coletiva, após encontro com o primeiro-ministro da Suécia, para tratar exclusivamente da crise migratória que a Europa vive atualmente.
Apesar de defender a ideia, Merkel admitiu que a repartição deve ser decidida \”segundo determinados critérios\” para que seja justa, algo que, por agora, está \”infelizmente muito longe\”.
A chanceler alemã defendeu uma solução consensualizada pelo menos entre os 25 países europeus que têm uma política de asilo comum e descartou uma decisão por maioria no Conselho Europeu, após advertências da Comissão Europeia neste sentido, mesmo que o consenso demore mais tempo para ser alcançado.
\”Temos de convencer todos, mesmo que pareça difícil\”, disse a chanceler, reconhecendo que uma \”solução comum não será muito rápida\”, mas acabará por chegar.
O tamanho da crise e o grande número de refugiados da Síria que têm entrado na Europa nas últimas semanas tornaram o acordo Dublin III desadequado, uma vez que o documento estipula que os refugiados devem ficar no país europeu a que chegam em primeiro lugar.
A chanceler destacou que o plano do presidente do Conselho Europeu, Jean-Claude Juncker, a proposta comum franco-alemã sobre este tema e o programa de dez pontos do primeiro-ministro sueco são relativamente semelhantes, uma vez que todos defendem cotas obrigatórias, um registro no país de entrada, indicadores mínimos para aceitar o pedido de asilo e uma lista de países de origem segura, que excluiria seus cidadãos de solicitarem asilo à UE.
Também hoje, o primeiro-ministro do Luxemburgo, Xavier Bettel, propôs que outros países e continentes acolham os refugiados que chegam à União Europeia para conseguir solidariedade maior entre todas essas pessoas.
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Durante entrevista, Bettel defendeu que é importante envolver os países africanos nesta crise dos refugiados, sublinhando que o encontro que se realizará em La Valetta, em novembro, será muito importante.
Ele disse ainda que outros continentes, como Estados Unidos e a Rússia, também podiam mostrar disponibilidade para acolher os refugiados sírios que migraram para a Europa fugindo do conflito em seu país.
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