As merendeiras de escolas públicas do Distrito Federal paralisaram os serviços nesta segunda-feira (17) em função da falta de pagamento de salário e benefícios, auxílio alimentação e transportes. Estudantes de escolas das cidades de Santa Maria, Gama, Samambaia, São Sebastião, Paranoá, Planaltina e Sobradinho tiveram aulas em períodos reduzidos.
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De acordo com Antônio de Pádua, diretor do Sindicato de Serviços que coordena a categoria, cerca de 800 merendeiras de sete regiões do DF não receberam o salário do mês de outubro e o ticket alimentação e vale transporte de novembro. No entanto, segundo Pádua, o problema tem sido recorrente nos últimos meses e, inclusive, vem atingindo várias outras empresas que prestam serviços terceirizados ao GDF. “São pais e mães de família que precisam pagar as contas e não recebem os salários”, assinala o diretor.
Os auxiliares de serviços gerais terceirizados, que também prestam serviços à Secretaria de Educação, cruzaram os braços por conta de um atraso no ticket alimentação. Segundo o diretor do Sindicato, no início desta tarde a empresa Juiz de Fora confirmou o repasse de parte do auxílio alimentação. No entanto, Antônio de Pádua afirma que apenas metade do valor foi transferido para a conta dos trabalhadores, o que não resolveria o problema: “Vamos manter o movimento até amanhã cedo e tentar uma nova negociação com os responsáveis”.
Segundo a Secretaria de Educação do DF, os pagamentos para as empresas prestadoras de serviços estão dentro dos prazos contratuais e alegam que “não há motivo para a suspensão de atividades nas escolas em que os funcionários trabalham”. As empresas que prestam os serviços terceirizados de merendeiras e limpeza nas escolas públicas são a G&E Eventos e a Juiz de Fora, respectivamente. Até esta publicação, ambas as empresas não se posicionaram a respeito da situação.
De acordo com o Sindicato, diretores estão tentando marcar uma reunião com representantes do governo para, juntos, resolverem o problema, uma vez que as merendeiras já pararam os serviços mais de cinco vezes ao longo do ano de 2014. Entretanto, não tiveram êxito: “Estão tentando ganhar tempo, mas o trabalhador não pode esperar”, afirma Antônio de Pádua. Ainda segundo o diretor, as categorias afetadas pretendem mobilizar uma manifestação em frente ao Palácio do Buriti caso não consigam negociar uma resolução até a metade desta semana.
A Secretaria de Educação diz que os alunos não serão prejudicados por conta da paralisação e que as unidades que optaram pela redução de horário terão que realizar reposição.