A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, voltou a defender nesta terça-feira (15) a necessidade de abandonar os combustíveis fósseis e planejar uma transição energética baseada em fontes limpas e sustentáveis.
A fala ocorreu durante um simpósio em Brasília, que reuniu autoridades e especialistas para debater o papel do Brasil no cenário climático global. Marina ressaltou que o mundo já está enfrentando as consequências da inação, como eventos extremos, secas e incêndios, e que o momento exige sobriedade e responsabilidade.
“Eu gosto da ideia de a gente se planejar para mudar, porque daí a gente tem a chance de poder, gradativamente, fazer as coisas sem os efeitos indesejáveis da mudança”, afirmou. Para a ministra, esse planejamento deve estar refletido nos compromissos climáticos que os países devem apresentar até a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro, em Belém.
Segundo Marina Silva, a COP30 não é um evento festivo, mas um momento decisivo para o futuro do planeta. “Não é festa, é luta. Não é a Copa do Mundo, nem Olimpíada”, declarou, relembrando o compromisso firmado pelo Brasil na ECO92, há mais de três décadas.
Outra representante do governo Lula que endossou o discurso pró meio ambiente foi a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, que reforçou a importância dos povos originários na construção de soluções climáticas. “Os indígenas no Brasil não construíram grandes cidades, mas construíram uma grande floresta”, afirmou.