O ministro da Fazenda, Guido Mantega, minimizou a decisão do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), que anunciou a manutenção dos estímulos à economia do país, com a manutenção de juros de curto prazo em baixos patamares por um período “considerável”.
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Para Mantega, a decisão do Fed não altera o prazo para o fim da recompra de títulos do Tesouro do país, medida que injetou recursos no mercado financeiro com o objetivo de enfrentar a crise. Os mercados emergentes temem que, com o país mais atrativo, os investidores migrem para os Estados Unidos e que isso pressione, por exemplo, o dólar e as exportações.
“A decisão do Fed me parece que não muda nada. O que foi dito é que a taxa de juros [norte-americana] poderá subir se a economia de fato melhorar, mas pode ficar onde está, se não melhorar. Portanto, noves fora, nada”, afirmou o ministro.
Mantega disse que, com o cenário de desaceleração da economia mundial e com a Europa, a China e o Japão sem bons resultados, a situação ainda é de incertezas. “Então, eu acredito que continuaremos ainda tentando superar essa recessão. Isso, a meu ver, não modifica a velocidade de ajuste da taxa de juros americana. Vai ser para o próximo ano e, mesmo assim, sujeito à confirmação de que a recuperação da economia é sólida”, concluiu.