Grupos Bolsonaristas e antifascistas voltaram a ocupar a Esplanada dos Ministérios neste domingo (21). Cerca de 3 mil oposicionistas se concentraram próximo ao Teatro Nacional e caminharam pela via N-1 até as imediações do Ministério da Justiça. Os apoiadores do presidente, em torno de 5 mil pessoas, partiram do Museu da República e se concentraram em frente ao Congresso Nacional.
A Polícia Militar montou barreiras para impedir o acesso à Praça dos Três Poderes, o que rendeu xingamentos dos defensores de Jair Bolsonaro contra o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). O objetivo deles era chegar ao Palácio do Planalto, na expectativa de que seu líder, mais uma vez, descesse a rampa para interagir.
Do lado Norte da Esplanada, a maioria era de moradores do Distrito Federal. Os únicos parlamentares presentes eram os deputados petistas Paulo Pimenta (RS), Érika Kokay (DF) e a presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann (PR). Havia comitivas de Tocantes, Mato Grosso e São Paulo e membros de torcidas organizadas do Corínthians, do Vasco e do Flamengo, além de grupos de hip-hop de cidades como Planaltina e Ceilândia, do DF.
Houve um pequeno tumulto quando um grupo mais radical pediu o fim da Polícia Militar. A divergência foi contornada com a volta dos grupos de “fora Bolsonaro”. O movimento antifascista também é unânime na condenação aos grupos ligados a Bolsonaro que defendem o AI-5 e o fim das instituições democráticas.
Os bolsonaristas eram, em sua maioria, integrantes de caravanas vindas de vários estados, como Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, além de brasilienses.
Jornalista agredido – O repórter Leonardo Martins, da rádio Jovem Pan, denunciou em suas redes sociais ter sido agredido por manifestantes bolsonaristas, na Avenida Paulista, em São Paulo. Um homem se aproximou dele, que filmava uma discussão, e tentou bater no celular que era usado para gravar a cena. “Ele me deu uma peitada e tentou bater no meu celular. Tive que me proteger com o braço esquerdo”, contou.
O profissional publicou um vídeo da cena no Twitter (assista abaixo). “Fui hostilizado de novo no protesto a favor de Bolsonaro. Uma mulher passou xingando os manifestantes. Um deles foi até o carro e o chutou. Filmei a ação e o agressor veio pra cima de mim, tentando derrubar meu celular e me peitando. Voltaremos à redação. Impossível trabalhar”, escreveu.