Usuários do Uber farão uma manifestação contra a proibição do aplicativo no DF em frente ao Palácio o Buriti na quarta-feira (8). Os organizadores afirmam que o protesto “não é autorizado ou patrocinado pelo UBER, mas por cidadãos revoltados com o despotismo de quem quer acabar com a evolução dos serviços na marra”.
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Na terça-feira (30) foi aprovado na Câmara Legislativa um projeto do deputado Rodrigo Delmasso (PTN) que mantém a proibição do uso do aplicativo no DF. “Mais uma vez o interesse da população foi posto atrás do interesse político”, protestou a estudante Renatha Amarantes. “Eu e minhas amigas não estávamos mais dirigindo nos finais de semana. É muito mais seguro. Os motoristas são confiáveis, o tempo de espera é mínimo e o preço é justo”. A proposta tramitou em tempo recorde e agora depende da sanção do governador Rodrigo Rollemberg.
Renatha conta que o Uber estava mudando a cultura de muitos jovens. Em Brasília, o aplicativo presta serviço em carros pretos de luxo e com atendimento especial. Segundo o app, todos os veículos têm menos de três anos de uso, banco de couro e ar-condicionado sempre ligado. Não são feitos pagamentos em dinheiro. O valor da corrida é descontado do cartão indicado pelo cliente no momento do cadastro no aplicativo. A tarifa base (similar à bandeirada, nos táxis) é de R$ 4, R$ 0,25 por minuto mais R$ 1,75 por quilômetro (5% mais caro do que os táxis comuns). O programa pode ser baixado gratuitamente em smartphones e tablets.
A proibição foi um pedido dos taxistas que classificam o Uber como transporte irregular e o acusam de roubar seus clientes. Para a presidente do Sindicato dos Permissionários de Táxis do DF, Maria Santana, os motoristas da Uber praticam transporte pirata e, por isso, não podem atuar sem se submeter ao governo. “Não cumprem lei, não têm subordinados, não são cadastrados. Eles estão roubando nossos passageiros e não pagam nada, como taxas, por exemplo. É uma concorrência desleal.”
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