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A Natureza que colore e alegra o cinzento dia a dia na cidade no período de seca é também a maior vítima do crescimento urbano desenfreado, não planejado e predatório. Em abril deste ano, o governador Agnelo Queiroz anunciou a construção de dois terminais rodoviários, um em Samambaia Sul e outro na Norte. Custariam, respectivamente, R$ 5,6 milhões e R$ 4,5 milhões. De acordo com as previsões do governo, as obras devem ser entregues no primeiro semestre de 2015.
Ainda na parte de fundação, a construção, tocada pela Construtora Shox, faz um bem à cidade onde os passageiros clamam por melhores condições, e um mal ao Cerrado, que chegou muito antes da gente no DF. Duas nascentes do córrego Anicuns estão sendo destruídas pela empreiteira. Uma delas está praticamente aterrada e morta. Sua “sepultura” está sendo coberta com os restos da obra.
A segunda, um pouco mais abundante, está sendo usada para abastecer os caminhões-pipa que são usados pela construtora. “É como matar a Samambaia. Sem água, não tem vida. Este deveria ser um crime inafiançável”, protesta o líder comunitário Washington Luiz.
O Ibram afirmou que recebeu a denúncia na quinta-feira (25) e que vai deslocar uma equipe de auditores fiscais para verificar a procedência. A Administração da cidade não atendeu às ligações. A construtora Shox afirmou que obra ainda não começou realmente, que os caminhões pipa que lá estão são de uma empresa terceirizada e que a mesma será notificada.