Gustavo Goes
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Um homem inteligente aprende com os próprios. O homem sábio com o erro dos outros. E como classificar quem não tem capacidade de aprender com os sucessivos erros? O anúncio de Dunga para ser técnico da Seleção Brasileira para o próximo ciclo de Copa do Mundo é a prova de que a CBF não está preocupada com seus próprios erros e, muito menos, com o torcedor brasileiro.
A relação da Seleção com o torcedor sofreu um grande golpe com a notícia dada oficialmente na terça-feira (22). Dunga não era nem de perto o desejo dos amantes da Canarinho, que clamavam por um técnico diferente dos que já haviam trabalhado no cargo. Tite e Muricy apareciam entre os preferidos, segundo pesquisas feitas por vários veículos de comunicação. Havia ainda a opção por um técnico estrangeiro, como Mourinho ou Guardiola.
Não que o primeiro trabalho de Dunga tenha sido horroroso. Mesmo muito criticado, um time competitivo foi montado e acabou eliminado da Copa do Mundo de 2010 pela Holanda, que foi vice-campeã. Porém, o futebol pouco vistoso apresentado por aquela seleção não é o que os brasileiros exigem, depois de dois bailes de times europeus na última Copa (7 a 1 contra Alemanha e 3 a 0 contra Holanda).
Além de Dunga, outros cargos importantes no comando da Seleção também foram questionados. Gilmar Rinaldi, novo coordenador técnico, e Mauro Silva, auxiliar técnico, foram muito criticados por torcedores nas redes sociais e nos veículos de comunicação. Os brasileiros sonhavam com algo diferente. A CBF poderia ter usado a fórmula que vem dando certo na Europa. Contudo, essa eventual “mudança drástica”, em se tratando de CBF, é realmente um sonho. A instituição parece que congelou no tempo e não reconhece que o futebol brasileiro não é mais o melhor do mundo.
Assim, para deixar tudo como está, Dunga parece ser mesmo o nome ideal no comando do time da CBF.