Não há nada pior na caminhada espiritual do que se deixar dominar pela má-vontade. Ela leva ao desânimo, tédio e desistência, além de afetar as pessoas em volta. O indivíduo com má-vontade procura desqualificar quem quer lhe ajudar para justificar sua estagnação. Gosta de usar expressões do tipo “não é com você”; “não foi com você”; “você não está no meu lugar”; “quem é você pra dar opinião?”;“você pensa que é melhor do que eu?”;“você não é nada do que as pessoas pensam que é”.
Você é uma pessoa como qualquer outra. Esse tipo de indivíduo, inicialmente, gosta de ser ajudado, mas simultaneamente vai desenvolvendo aversão pelo benfeitor até afastar-se em definitivo. Por que isso acontece? Porque carrega culpas graves inconscientes e prefere o sofrimento a uma atitude construtiva e reparadora diante da vida. Inconscientemente acha que merece sofrer.
Todavia, entre eles há um tipo estranho: aquele que não se afasta, não se isola, participa, mas, internamente, não aceita o que ensinam os livros e divulgadores. Carrega uma rejeição interna sem manifestá-la. O que move esse tipo é o instinto gregário (de estar junto) ou a ambição pelo poder.
Se tiverem espaço e consegui-lo, poderão impedir ou parar com a edição de livros importantes ou, até mesmo, acabar com a instituição. Luís Sérgio denominava-os como médiuns acabadores de centros, e alertava que \”as trevas também têm seus médiuns\”.
Em relação ao primeiro tipo, não insista. Quando os benfeitores são repelidos virá a “santa dor” para restabelecer as coisas. A dor doerá até acordar. É na dor que refletirão sobre a importância da colaboração, desenvolverão gratidão, e superarão suas dificuldades, se quiserem.
Quanto ao segundo tipo, é preciso impedi-lo de chegar ao comando de trabalhos ou de instituições. São doentes necessitados de tratamento e não devem exercer o poder. Aqui também se aplica aos responsáveis o ensinamento crístico; \”Seja simples como as pombas, mas prudente como as serpentes\”.