O presidente Lula voltou a criticar as altas taxas de juros praticadas pelo Banco Central, que atualmente estão em 13,75% ao ano. O ataque foi feito nesta segunda-feira (6), no Rio de Janeiro, durante a posse de Aloizio Mercadante na presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Lula defendeu o BNDES e afirmou que o banco foi “vítima de difamação muito grave durante o último processo eleitoral”. O presidente pediu a colaboração da classe empresarial para reivindicar e combater os juros altos no país. “Se a classe empresarial não se manifestar, se acharem que vocês estão felizes com uma taxa de 13,5%, eles não vão abaixar os juros.
Mercadante é economista e foi ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (2011-2012), da Educação (2012-2014 e 2015-2016), e ministro-chefe da Casa Civil (2014-2015) nos governos Lula e Dilma. Em seu discurso de posse, prometeu uma gestão atuante e de equilíbrio com o tesouro nacional.
“Estamos aqui não para combater o BNDES do passado, mas sim para construir o BNDES do futuro”, afirmou Mercadante. “Precisamos de um BNDES mais presente e atuante, com uma relação de equilíbrio com o tesouro nacional”, reforçou.
O novo presidente do banco disse que a instituição buscará fontes externas de recursos para compensar as restrições no orçamento de 2023, como o Fundo Amazônia, que tinha R$ 1 bilhão parados e que será liberado.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, titular do Ministério da Indústria e Comércio, e outros dez ministros participaram da posse: Anielle Franco (Igualdade Racial); Camilo Santana (Educação); Daniela Carneiro (Turismo); Ester Dweck (Ciência e Tecnologia); Luciana Santos (Ciência e Tecnologia); Márcio França (Portos e Aeroportos); Marina Silva (Meio Ambiente); Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação); Rui Costa (Casa Civil); e Wellington Dias (Desenvolvimento Social).
Também marcaram presença na cerimônia a primeira-dama Janja; a ex-presidente Dilma Rousseff (PT); o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes; o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; o governador do Rio de Janeiro, Claúdio Castro (PL); e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.