Na primeira reunião de trabalho do governo federal em 2025, o presidente Lula garantiu que a prioridade é baratear o preço dos alimentos no país. A orientação foi dada hoje (20), em encontro na Granja do Torto, com a presença de todos os ministros.
“Nosso lema até aqui foi ‘União e Reconstrução’. Agora vai ser ‘União e comida barata na mesa do trabalhador’, porque todo mundo sabe que os alimentos estão caros para os trabalhadores. É uma tarefa nossa garantir que o alimento chegue na mesa do povo trabalhador em condições compatíveis com o salário que ganha”, afirmou.
Em autocrítica, o petista lembrou aos integrantes do governo que as políticas públicas devem acompanhar a realidade social e econômica dos brasileiros. “É importante compreender que o povo de hoje não é o mesmo dos anos 80. É um povo que está virando empreendedor. A gente tem que aprender a trabalhar com essa nova característica, com essa nova formação”.
Sobre a relação com Donald Trump, novo presidente dos Estados Unidos, Lula sinalizou que pretende manter boas relações com os americanos.
“Trump foi eleito para governar os EUA e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua. Nós não queremos briga, queremos paz”, ressaltou.
E acrescentou que espera ter “uma relação onde a diplomacia seja a coisa mais importante e não a desavença ou a encrenca”.
2026 é logo ali
Nas redes sociais, o chefe do Executivo pontuou que a reunião ministerial foi “importante para definirmos a segunda parte deste mandato”, já de olho nas eleições de 2026.
“Semeamos muitas políticas e 2025 será o ano da grande colheita. Ainda não realizamos todos os compromissos que estabelecemos com o povo. Por isso estamos aqui para trabalhar ainda mais”, prometeu Lula.
“Eu tenho uma causa e é ela que vai nos guiar. Não vamos deixar que o Brasil volte ao horror do período passado. Vamos garantir que a democracia prevaleça e que os mais necessitados sejam atendidos. Os educadores, os empreendedores, pequenos e médios comerciantes, e todas as pessoas que querem construir um país mais justo”, completou o presidente.
Até o momento, não houve anúncio de troca de comando na Esplanada. A única mudança, ocorrida na semana passada, foi a chegada de Sidônio Palmeira à Secom. Nos bastidores, entretanto, as saídas de José Múcio, ministro da Defesa, e de Alexandre Silveira, de Minas e Energia, são dadas como certas. No lugar deles, respectivamente, o vice Geraldo Alckmin e o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que deixará o cargo em fevereiro, são os mais cotados.