O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou por volta das 8h45 desta quarta-feira (9/3), à residência oficial do Senado para café da manhã com o presidente da Casa, Renan Calheiros (AL), e outros senadores do PMDB.
Lula desembarcou nessa terça-feira (8), em Brasília para se juntar à articulação contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff e tentar frear movimento de ala do PMDB que defende o desembarque do partido do governo.
Na noite de ontem, o ex-presidente jantou com sua sucessora, Dilma Rousseff e com os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo).
Lava Jato
Estão forçando a barra”, reclamou o petista no café da manhã. Lula disse que ele está sendo “perseguido” pela força-tarefa que investiga o esquema de corrupção da Petrobras, embora não tenha citado nominalmente o juiz Sérgio Moro, responsável pela operação. Ele disse que os senadores deveriam se manifestar sobre a condução da qual ele foi alvo, que classificou como “ilegal”.
No início do café, o ex-presidente fez questão de destacar que não é dono do tríplex no Guarujá (SP) nem do sítio em Atibaia (SP), imóveis cuja Lava Jato suspeita que seja patrimônio oculto do ex-presidente. Contudo, Lula não deu maiores detalhes sobre as propriedades, mas ressaltou que já prestou todos os esclarecimentos à Justiça.
Participaram do encontro senadores do PMDB, do PT, do PP, do PDT e do PCdoB, todos integrantes da base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff. O Senado é a Casa Legislativa que, proporcionalmente, tem mais parlamentares investigados na operação: 13 dos 81 senadores são alvos de inquéritos no Supremo Tribunal Federal, inclusive Renan Calheiros.
Após a explanação inicial, Lula e os senadores começaram a conversar sobre a preocupação com a economia brasileira. Presente ao encontro, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que não foi discutida na reunião suposta nomeação de Lula para algum ministério do governo, o que daria ao ex-presidente a prerrogativa de ser investigado apenas pelo Supremo.
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