Lula discursa na COP27 – Foto: Ricrado Stuckert
Foi apoteótica a volta do Brasil ao cenário internacional após quatro anos de negacionismo do governo de Jair Bolsonaro da importância da questão climática e da preservação ambiental. Eleito no dia 30 de outubro, o futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a estrela da Conferência Internacional do Clima (COP27), realizada em Sharm el-Sheikh, no Egito.
Num discurso contundente, com repercussão positiva em todo o mundo – o The New York Times classificou de “exuberante” –, Lula se comprometeu a zerar o desmatamento no Brasil até 2030 e a trabalhar em parceria com o agronegócio como “aliado estratégico”.
O presidente eleito reiterou que o combate às mudanças climáticas é uma ação coletiva e dependerá dos esforços de todos os países. E cobrará apoio financeiro das nações ricas para as mais pobres. A primeira fatura, segundo Lula, será o repasse de 100 milhões de dólares anuais comprometidos na COP 2015, em Copenhague, que deveria ter começado em 2020.
Falando em nome dos países em desenvolvimento, o brasileiro pressionou não apenas que esses valores comecem a ser repassados, como também seja reajustado. “Eu não sei quantos representantes de países ricos estão aqui, mas eu quero dizer que a minha volta foi para cobrar o que foi prometido na COP15”, afirmou Lula, sob aplausos.
À saída, cercado por jornalistas e por representantes de outros países, Lula ouviu o coro: “ÔÔÔÔÔ, o Brasil voltou”. E a expectativa é de que nunca mais o País saia deste debate fundamental e inadiável para a sobrevivência do Planeta e da Humanidade.