Na tentativa de evitar que moradores descartem irregularmente o lixo em áreas públicas, a Administração Regional de Ceilândia e a comunidade criaram alternativas para ocupar esses locais. Os espaços passam por revitalização, como a limpeza e a criação de jardins. Mas a iniciativa não tem coibido a prática de fazer o descarte irregular do lixo. Pela segunda vez, uma área na avenida principal, na QNM 29 de Ceilândia Sul, próxima ao Hospital de Ceilândia (HRC) foi alvo dos sujões. No local, já havia sido implantado um jardim.
- Advertisement -
Quem passou pela área nesta segunda-feira (3) estranhou o sofá velho descartado irregularmente, além de resto de obras. A moradora Izabela Santana, 41 anos, que mora em frente ao local, conta que, no início do dia, o móvel já estava no jardim. “Acho uma falta de respeito total com o espaço em que vivemos. É um absurdo a gente tentar cuidar da nossa cidade, fazer parcerias e um mal-educado sem consciência sujar tudo de novo”, desabafa a ceilandense.
Constantemente, o local era usado irregularmente por carroceiros e pela própria comunidade como um depósito de lixo a céu aberto. No terreno, era possível encontrar todo tipo de descarte, desde lixo doméstico até restos de obras e animais mortos. A área foi totalmente limpa e passou por uma revitalização, além de ganhar um jardim com flores nativas do cerrado. Infelizmente, o espaço voltou a receber entulhos e lixo doméstico, mesmo com uma placa indicando que é proibido jogar lixo.
Desrespeito
Renato Malesque, pastor de uma igreja que fica ao lado da área revitalizada, também demonstra indignação com os sujões da cidade. “Acho que não é só responsabilidade do governo limpar a cidade, a comunidade também deve colaborar. O que acabamos de presenciar é um total desrespeito com toda a cidade”, ressalta o pastor.
A administração regional ressalta que, constantemente, terrenos públicos da região passam por limpeza e que as áreas, mesmo limpas e com placas advertindo sobre a proibição de jogar lixo, alguns cidadãos insistem em sujar. “Estamos buscando várias alternativas para coibir essa prática em Ceilândia, inclusive dando utilidade aos espaços, como a criação de jardins, mas mesmo nesses locais as pessoas continuam a jogar lixo”, explica o administrador de Ceilândia, Vilson Oliveira.
Desde janeiro, já foram retiradas cerca de 370 toneladas de resíduos sólidos na região administrativa somente nos mutirões de limpeza, como o Levanta DF. Os principais pontos que receberam as benfeitorias foram a QNN20 — Ceilândia Sul; QNN9 – Área Especial – Ceilândia Norte; QNN27 – Ceilândia Norte, Ceilândia Centro; Setor O; e regiões do P Sul.
- Advertisement -
Legislação
A legislação vigente referente à Fiscalização de Limpeza Pública prevê a aplicação de multas para quem for pego jogando lixo em área pública que pode variar de R$ 114 a R$ 11 mil. Além disso, é considerado crime jogar em terrenos baldios ou becos qualquer tipo de resíduo, seja domiciliar, comercial, industrial, entulho de obra, restos de poda de árvores e plantas, entre outros, conforme Lei Distrital nº 972, de 11 de dezembro de 1995, que dispõe sobre os atos lesivos à limpeza pública.
Saiba mais: