A lista tríplice do Conselho de Desenvolvimento da Região Oeste de possíveis futuros administradores de Ceilândia foi elaborada por um único líder comunitário. Rubens Estêvão, o Galego do Ibaneis, garante ter conquistado esse poder durante a campanha eleitoral, quando teria conseguido, sozinho, 40 mil votos para o governador eleito.
“Tenho bala na agulha para apontar o administrador da cidade”, diz ele, montado em seu Vectra azul customizado com a marca de Ibaneis. A foto do emedebista enfeita o capô e o número 15, do partido, foi pintado nos retrovisores laterais e no teto do carro pintado com a cor da campanha de Ibaneis.
Tanto comprometimento levam Galego a esperar uma recíproca de Ibaneis, confirmando para o cargo um de seus aliados. Ou mesmo os três, caso o governador eleito confirme a subdivisão da Regional, criando novas administrações para os bairros Sol Nascente e Por do Sol. “Eu não abro mão dele indicar para administrador de Ceilândia os nomes que eu sugeri”, reforça.
Para o Guará, a indicação do grupo é Tânia Coelho, que teve 953 votos para deputada distrital. “As mulheres têm que participar”, diz ela. A servidora da Câmara Legislativa Rosana Lúcia Alves é a preferida para o Riacho Fundo I. “Sou Ibaneis desde o começo”, garante. O grupo não fechou questão quanto aos futuros administradores de Águas Claras e Vicente Pires.
Inútil
O deputado Chico Vigilante considera a função de administrador regional “a mais inútil que existe”. Ele espera que a escolha passe a ser feita com a participação da população e as administrações tenham orçamento próprio e estrutura com máquinas para, pelo menos, cortar o mato e tapar os buracos das ruas. “Elas precisam ter engenheiros e arquitetos. Do contrário, não tem sentido esses monstrengos continuarem existindo apenas como cabides de emprego, avalia o petista”.