Enfrentar o River Plate em uma semifinal de Libertadores traz boas lembranças ao torcedor do Palmeiras. Em 1999, o Verdão passou pelo time argentino antes de superar o Deportivo Cali, da Colômbia, na decisão que levou o clube paulista a um inédito título sul-americano. Nesta terça-feira (5), às 21h30 (horário de Brasília), o Alviverde reencontra os Millionarios no Estádio Libertadores da América, em Avellaneda, região metropolitana de Buenos Aires, no primeiro jogo do confronto que vale vaga na final.
O atual roteiro também se assemelha ao de 21 anos atrás, com a partida de ida na Argentina e a de volta em São Paulo, na próxima terça (12), no mesmo horário. A diferença está nos palcos. Como o Monumental de Nuñez está em reforma, o River tem mandado os jogos no estádio do Independiente desde parte da fase de grupos. Já o Palmeiras sediará o segundo duelo no Allianz Parque, erguido no lugar do antigo estádio Palestra Itália, onde o Verdão recebeu e atropelou os argentinos por 3 a 0 em 1999.
Na ocasião, os paulistas foram a campo precisando vencer por dois ou mais gols de diferença, pois foram derrotados no Monumental por 1 a 0. Para o segundo jogo, Luiz Felipe Scolari, técnico do Palmeiras na época, mandou a campo: Marcos; Chiqui Arce, Roque Junior, Agnaldo e Rubens Junior; César Sampaio, Rogério, Zinho e Alex; Paulo Nunes e Oséas. Alex (duas vezes) e Roque Júnior foram os heróis da classificação contra o River, que tinha Marcelo Gallardo (atual treinador) como camisa 10.
Assim como em 1999, o Palmeiras chega para o confronto tendo campanha melhor que o rival. O Verdão, aliás, é quem possui o melhor desempenho na Libertadores entre os quatro times que seguem na disputa. São oito vitórias e dois empates, com 29 gols marcados e quatro sofridos. Já o River alcançou a semifinal após sete vitórias, dois empates e uma derrota por 3 a 0 para a LDU de Quito (Equador), na primeira rodada da fase de grupos. Os argentinos anotaram 31 gols e foram vazados nove vezes.
O elenco palmeirense viajou para Buenos Aires no último domingo (3). O técnico português Abel Ferreira – que busca repetir o feito do compatriota Jorge Jesus, campeão em 2019 pelo Flamengo – ainda não definiu a equipe. Recuperado de uma lesão na coxa direita, o atacante Gabriel Veron treinou normalmente antes do embarque e pode formar o trio ofensivo com Rony e Luiz Adriano. Outro que tem chances de retornar é o meia Zé Rafael, que perdeu os últimos dois jogos por uma infecção no pé esquerdo.
O provável Verdão terá: Weverton, Marcos Rocha (Zé Rafael), Luan, Gustavo Gómez e Matías Viña; Danilo, Gabriel Menino e Raphael Veiga; Gabriel Veron (William), Rony e Luiz Adriano. Caso se confirme a escalação, será praticamente o mesmo time que bateu o América-MG por 2 a 0 na última quarta-feira (30), no Independência, em Belo Horizonte, e se garantiu na final da Copa do Brasil.
Ao contrário do Palmeiras, o River já estreou em 2021. No último sábado (2), a equipe empatou por 2 a 2 com o rival Boca Juniors pela Copa da Liga Argentina – que passou a se chamar Copa Diego Maradona após o falecimento do ídolo em novembro. Os atacantes Federico Girotti e Rafael Borré marcaram para os Millionarios, que podem ter três mudanças para o duelo de terça, em relação ao time que foi a campo diante do Boca.
No ataque, a expectativa é que Matías Suárez retome o posto no lugar de Lucas Beltrán. No meio, Ignacio Fernández, recuperado de uma lombalgia, está novamente à disposição e briga por um lugar com Bruno Zuculini e Nacho Fernandez. Já na defesa, Milton Casco pode reassumir a lateral esquerda na vaga de Javier Pinola, titular contra o Boca por Casco ainda não estar 100% após tratar uma contusão no posterior da coxa.
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