Com sua voz de barítono afinada, meu filho Claudinho Augusto costuma cantarolar o estribilho do samba de Zeca Pagodinho: “Fui bom filho, sou bom pai e quero ser um bom avô!…”
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Ratifico integralmente essa afirmação, com base no passado recente e na possibilidade do futuro próximo do “quero ser”, isto porque, com 40 anos de idade cronológica, Claudinho (*) sempre foi um bom filho, é atualmente um excelente pai que ama de paixão duas meninas lindas chamadas Bárbara e Maria Luíza, de dez e seis anos, respectivamente; e, com certeza, tem amor sobrando em seu coração para se tornar um maravilhoso avô.
Aritmeticamente falando, só então agora me dou conta de que, graças à produção de sete filhos, sou avô de 13 bem-amados netinhos (por enquanto), alguns já adultos como Gabriela, Juliana, Manoelzinho, Pedrinho, e Danielzinho, estes três últimos jovens gigantes com mais de 1,80m de estatura.
Como mera convenção de calendário, em comemoração à Santa Ana e São Joaquim, pais da Virgem Santíssima Maria, avós de Jesus Cristo, o Dia Nacional dos Avós se transformou em lei a 26 de julho de 2003, pela Assembléia da República de Portugal, o que já havia sido consagrado como festa em 1879 pelo Papa Leão XIII, cujo nome de batismo era Joachino, versão italiana de Joaquim.
No Brasil, embora sem referência específica na legislação, o Dia dos Avós passou a ser comemorado mais recentemente, mas não com tanta ênfase como o Dia das Mães, o Dia dos Pais ou o Dia dos Namorados, mais badalados por interesse óbvio das lojas dos shoppings e pelos restaurantes chiques da cidade, seguindo o figurino capitalista.
No que diz respeito a mim, não estou nem aí para a omissão do oba-oba comercial da mídia televisiva, simplesmente porque me considero um vovô-coruja permanente, há mais de 20 anos. E pelo meu testemunho, só há no mundo uma vovó mais coruja do que eu: minha mulher Ledinha, que confirma a trilogia: ela é uma atenciosa filha, idem dedicadíssima mãe e iluminada avó, que sabe dar afeto explícito diuturnamente e contar lindas historinhas da Carochinha às suas netinhas Babazinha e Maluzinha, que dormem aqui em casa, de vez em quando.
(*) Na nossa família, quase todos são tratados pelo diminutivo “inho”, enunciados com muito carinho.
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