A mais famosa e popularizada lei do Código Divino não é entendida até hoje nem pelos esotéricos da Sociedade Teosófica e muito menos no passado pela sua fundadora Helena Blavatsky. Somente o Mestre Gandhi, a entendeu perfeitamente, porque, para entendê-la, é preciso associá-la com a Lei de Solidariedade, que a abate e a anula. E isso acontece porque o objetivo da lei é a educação e não a punição do infrator.
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A ignorância, mãe de todos os erros, pede a punição pela Lei de Retorno com objetivo de provocar no pecador o arrependimento que o levará à reparação, libertando-o em definitivo. Mas, com a Lei de Solidariedade, cada milímetro visando provocar benefícios ao próximo é revestido em benefício do infrator, diminuindo outros milímetros da Lei de Retorno em seu aspecto punitivo.
Assim é que entendemos Mahatma Gandhi, quando aconselhou um assassino de crianças muçulmanas a adotar outras crianças muçulmanas órfãs e criá-las como suas filhas. Gandhi a entendeu com a precisão matemática que ela requer.
A visão somente punitiva é um atavismo do judaísmo que até hoje domina corações e mentes de religiosos parados no tempo, que se dizem cristãos, mas que não se atualizaram e guiam-se pelo Velho Testamento, mesmo quando em contradição com o Novo Testamento.
Esta visão ultrapassada afasta pessoas inteligentes, que não aceitam mais o Deus cruel de antigamente. É preciso avançar de Moisés para Jesus, que foi o maior crítico deste quando afirmou: \”Deus é amor. Deus é luz. Deus é o pai misericordioso que faz chover sobre a terra do bom e do mau\”.
Finalmente, no famoso episódio da lavagem dos seus pés por Madalena, Jesus afirma de forma definitiva: \”os teus pecados te são perdoados porque você muito amou\”.
Aqui, desapareceu a punição. Ficou a libertação definitiva pela reparação, pela ação amorosa.