
Está proibida a presença de representantes da indústria farmacêutica em unidades públicas de saúde do Distrito Federal. A lei foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal e é de autoria do deputado Juarezão (PSB). A norma chegou a ser vetada pelo governador Rodrigo Rollemberg, mas acabou autorizada pela Câmara Legislativa.
Segundo o texto, o objetivo é evitar visitas de propagandistas no horário de atendimento médico, que, no entendimento do autor do projeto, atrapalham o funcionamento regular dos consultórios, ocupando o tempo que seria destinado aos pacientes.
A Lei é baseada em uma proposta aprovada pela prefeitura de Ribeirão Preto (SP) e foi sugerida a Juarezão por Ivan Rodrigues, responsável pelo movimento Em Defesa da Saúde e dos Direitos Sociais. “Quem nunca presenciou um médico usar o intervalo entre uma consulta e outra para receber propagandistas com suas inconfundíveis maletas pretas?”, questiona Ivan.
A Lei sugere que as apresentações dos propagandistas sejam feitas fora do horário de atendimento, como por exemplo, durante o almoço. Os médicos argumentam que as visitas dos representantes são importantes para a atualização profissional.
Na visão da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade e Comunidade (SBMFC), porém, os doutores devem conhecer os novos medicamentos fora do consultório, em revistas especializadas, congressos e simpósios.
“Direta ou indiretamente, os propagandistas influenciam na prática dos médicos, que atendem aos interesses da indústria e não apenas da medicina em si”, afirma o diretor da SBMFC, Rodrigo Lima. Segundo o médico, o atendimento aos propagandistas prejudica o atendimento aos pacientes e induz os profissionais.} else {