Em 2018, Bia Kicis (PSL-DF) criticava o financiamento público de campanha – que acabava com a doação de empresas aos candidatos. Mas, na quinta-feira (15), a deputada votou a favor do reajuste que triplicou o Fundão para as eleições de 2022 (de R$ 1,8 bilhão para R$ 5,7 bilhões). O partido de Kicis, a segunda maior bancada na Câmara, será um dos principais beneficiados.
O deputado Laerte Bessa (PL), que assumiu a vaga de Flávia Arruda, também votou favoravelmente ao reajuste. Da bancada do DF, Erika Kokay (PT), Professor Israel (PV), Luís Miranda (DEM) e Paula Belmonte (Cidadania) votaram contra. Celina Leão (PP) e Júlio Cesar Ribeiro (Republicanos) não participaram da sessão.
Mínimo – Na mesma votação, o salário mínimo aprovado para janeiro de 2022 foi de R$ 1.147. Ou seja, o Fundo Eleitoral, com apoio dos governistas, equivale a 5 milhões de salários mínimos. O PT (maior bancada) e partidos da oposição, como o PSol, votaram contra.
Nas redes sociais, Kicis contou uma longa lorota. Justificou que o reajuste do Fundão estava embutido na LDO, que define as regras e balizamentos de como o orçamento do ano seguinte deve ser aprovado. E que o PSL havia orientado sua bancada a votar favoravelmente à LDO. Assim, ela votou a favor da LDO, aprovada por 278 votos favoráveis e 145 contrários. No Senado, o texto passou por 40 a 33.