Diva Araújo
A Vara de Auditoria Militar do Tribunal de Justiça do DF arquivou o inquérito que investigou o caso da cobra naja, que em julho de 2020 picou o estudante de veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmku. O coronel Joaquim Elias Costa Paulino, que à época era major e comandava o Batalhão Ambiental da Polícia Militar, e o capitão Cristiano Dosualdo Rocha, acusados de fraude processual e prevaricação, foram inocentados por falta de provas.
A cobra naja, uma espécie exótica não originária do Brasil, era criada clandestinamente em Brasília por Pedro Henrique Krambeck, que acabou picado por ela. O estudante tinha, então, 22 anos e foi internado na UTI de um hospital particular no Gama. O soro antiofídico, de difícil acesso no País, precisou ser trazido do Instituto Butantan, de São Paulo. O caso passou a ser investigado pela Polícia Civil como tráfico de animais.
Também foi instaurado um Inquérito Policial Militar pela Corregedoria da PMDF para apurar se os dois oficiais teriam beneficiado o tenente coronel Clóvis Eduardo Condi, padrasto de Pedro Henrique. Na decisão, o promotor Nísio Tostes Ribeiro requereu o arquivamento com base na falta de indícios que comprovassem que os PMs interferiram na ocorrência e na apuração dos fatos, ou que tivessem participado da retirada da cobra do local ou auxiliado no intuito de afastar a flagrância delitiva e desvincular o enteado de um oficial colega da Corporação.