A preparação de aliados do ex-presidente Lula para comparecer a Porto Alegre no próximo dia 24, para acompanhar o julgamento do líder petista pelo TRF-4, preocupa os governos do Rio Grande do Sul e federal. Além da quantidade de gente contrária à condenação de Lula, há a possibilidade de confronto com manifestantes adversários do petista.
Por isso, a Brigada Militar, a Polícia Rodoviária Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) montaram um gabinete de crise para monitorar as manifestações. “Vamos chacoalhar o Brasil junto ao movimento sindical, social e nossos partidos para que a gente ocupe as ruas do País”, afirma a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR). “Haverá muita luta e resistência”, garante ela.
O MST e a CUT convocaram seus militantes para protestar contra a decisão do juiz Sérgio Moro, que condenou Lula a nove anos e meio de prisão por causa de suposta propina recebida no caso do tríplex do Guarujá. Três desembargadores decidirão se mantém ou não a decisão de Moro.
O secretário de Segurança do Rio Grande Sul, Cezar Schirmer, afirma que “o poder de manifestação estará garantido, como prevê a Constituição. Não há nenhum interesse do governo do estado em impedir manifestações. Porém, o limite da manifestação é o limite da lei. Vamos atuar para evitar a violência e assegurar a segurança dos manifestantes e de quem estiver dentro do tribunal”.