“Umbabarauma homem gol/ Umbabarauma homem gol/ Joga bola, joga bola jogador.” Ponta de lança africano é uma das muitas músicas em que Jorge Benjor utiliza o universo do futebol como tema. Apaixonado pelo esporte bretão, o cantor e compositor carioca, nascido no bairro de Madureira, há 72 anos, chegou a tentar a carreira profissional como boleiro.
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Não conseguiu. Melhor para a música brasileira que ganhou um dos seus mais férteis e talentosos criadores. Só falando explicitamente ou fazendo referência ao futebol, ele fez, entre outras, Cadê o pênalti, Camisa 10 da Gávea, Eu vou torcer, Fio Maravilha, Flamengo, País tropical e Zagueiro. Não há nenhuma em que aborde a Seleção Brasileira, mas alguém duvida que a conquista do hexacampeonato, sob a liderança de Neymar, possa sugerir a Jorge uma nova canção?
Em clima total de Copa do Mundo, Jorge está de volta a Brasília. Nesta quinta-feira (26/6), às 21h, acompanhado pela Banda do Zé Pretinho, faz show na comercial da 312 Norte, pela 35ª edição do projeto Noite Cultural T-Bone. Antes dele, um recital de poemas reúne nomes como Nicolas Bher, Vicente Sá, Jorge Amâncio e Amneres Pereira. O evento tem como mestre de cerimônia o mímico Miquéias Paz.
Admirado por fãs de várias gerações, reverenciado por colegas de profissões da importância de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Rita Lee e Wilson Simonal, Jorge Ben (nome artístico que assumiu no início da carreira) mirou em João Gilberto, um dos pais da bossa nova, ao compor as músicas registradas no repertório do seu disco de estreia, o Samba esquema novo, lançado em 1963. Assim como o ídolo, nas gravações do histórico LP, utilizou violão com cordas de nylon.
Jorge Ben Jor
Show do cantor, compositor e violonista, acompanhado pela Banda do Zé Pretinho, quinta-feira, às 21h, na 312 Norte, pelo projeto Noite Cultural T-Bone. Antes, haverá recital de poetas da cidade. Entrada franca. Classificação indicativa livre.