A estudante de Jornalismo da Universidade Católica de Brasília (UCB) Jéssica Leite César, será velada e sepultada hoje (15). A vigília sob o corpo começará às 11h e o enterro está marcado para acontecer às 16h30 no cemitério Campo da Esperança de Taguatinga.
Jéssica foi brutalmente assassinada quando estava a caminho da Universidade na tarde de ontem (14). Com uma facada no peito após ser abordada por um casal que visava furtar seu celular, a jovem não resistiu aos ferimentos, apesar dos bombeiros tentarem reanimá-la.
O delegado-chefe Flávio Messina, da 17ª Delegacia de Polícia de Taguatinga Norte, responsável pelo caso, não descarta a possibilidade de um homicídio. Apesar das investigações preliminares apontarem para um latrocínio – roubo seguido de morte. Messina lembra que a jovem teve apenas o celular levado, apesar de estar portando sua carteira e mochila.
“Não mexeram em nada mais. Na ação tensa do assalto, os criminosos que portam armas brancas não conseguem golpear locais tão específicos e geralmente não é só um golpe preciso, como foi na jovem. Ela levou uma única facada direto no coração. Isso não é comum”, disse o delegado..
Universidade
O diretor do curso de Comunicação Social da Universidade Católica de Brasília, Joadir Foresti, anunciou um dia de luto após a morte da aluna de Jornalismo da instituição. O Centro Acadêmico do curso, o CACTOS, vai erguer uma bandeira preta em homenagem a vítima .
Confira a nota:
O curso de Comunicação Social está de luto. Ficará por muitos e muitos dias. Hoje, a aluna Jéssica Leite se foi. Nem todos a conheciam. Mas quem a conheceu testemunhou a presença flamejante de seu sorriso e de seus cabelos. No mar de fogueirinhas que é a vida, não se podia olhar para Jéssica sem pestanejar. Hoje, todos nós ficamos um pouco ou muito mais tristes.
“O mundo é isso — revelou — Um montão de gente, um mar de fogueirinhas. Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo” [Eduardo Galeano].